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‘Perdão de Trump aos manifestantes é bom para o Brasil’

Parlamentares de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalham para que o Projeto de Lei 2.858/2022, que concede anistia aos presos do 8 de janeiro, seja aprovado na Câmara dos Deputados. No entanto, os políticos têm encontrado desafios para fazer a proposta avançar dentro do Parlamento.

O advogado Ezequiel Silveira, que representa as famílias dos presos, acredita que a pauta vai avançar em 2025. Isso pode ocorrer, segundo ele, em virtude do perdão concedido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos manifestantes do Capitólio.

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Em entrevista à edição desta quarta-feira, 22, do Jornal da Oeste, Silveira disse que o perdão do republicano vai influenciar diretamente o Brasil. “O perdão de Trump aos manifestantes do Capitólio é importante para o Brasil anistiar os presos do 8 de janeiro”, disse.

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Segundo Silveira, isso é possível pelo fato de a manifestação em Brasília ter ocorrido depois dos protestos no Capitólio. “Ou seja, se algo que ocorreu nos EUA foi muito semelhante ao que ocorreu no Brasil, a tendência é que os brasileiros sejam pressionados a anistiar, em razão do perdão de Trump”, disse.

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Donald Trump mostra decreto assinado nesta segunda-feira — 20/1/2024 | Foto: Divulgação/Casa Branca

Apoiadores de Trump que participaram da manifestação no Capitólio em 6 de janeiro de 2021 começaram a deixar a prisão nesta terça-feira, 21.

A diferença entre o Brasil e os EUA de Trump

O advogado afirma, contudo, que há uma diferença entre o Brasil e os EUA. Aqui, segundo ele, o Supremo Tribunal Federal (STF) interfere em decisões do Legislativo, o que dificulta a aprovação do Projeto da Anistia  — algo que não ocorre nos EUA. 

O Executivo, por sua vez, “faz parte do consórcio com a Suprema Corte”. “É cúmplice desses abusos”, afirmou Silveira.

STF derrubou indulto a Daniel Silveira

Um exemplo de intromissão do Judiciário em prerrogativas do Executivo, por exemplo, ocorreu em 2023. Naquele ano, o STF derrubou o indulto concedido pelo então presidente, Jair Bolsonaro, ao ex-deputado Daniel Silveira.

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O deputado Daniel Silveira, durante um evento no Palácio do Planalto – 4/5/2022 | Foto: Wilton Junior/Estadão Contéudo

À época, a maioria dos ministros entendeu que a graça concedida por Bolsonaro foi inconstitucional. Entre outros pontos, os magistrados afirmam que houve desvio de finalidade na decisão do então presidente da República, pois serviu para beneficiar exclusivamente Silveira.

Leia também: “Acabou a palhaçada”, artigo de Rodrigo Constantino publicado na Edição 252 da Revista Oeste

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