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Mensagens mostram como o Comando Vermelho extorquia vítimas no Rio; veja

Interceptações telefônicas e quebras de sigilo telemático feitas pela Polícia Civil, com autorização da Justiça, revelam como o Comando Vermelho extorquia vítimas de roubos de celular no Rio de Janeiro.

Em uma das mensagens enviadas a uma vítima, um dos criminosos manda a foto de uma arma e exige a remoção da conta no iCloud, serviço da Apple que permite armazenar e sincronizar dados na nuvem. “Tenho nada a perder. Remove, desgraça. Vai ter 10 minutos. Remove.”

Em uma ligação, um bandido diz ao comparsa que conseguiu acessar a conta bancária de uma vítima e pede outra conta para transferir o dinheiro. Ouça:

— Estourei uma boa aqui, R$ 100 mil na conta do cara. Tô precisando da conta.

— Calma aí que eu vou subir para te passar o número, calma rapidinho — responde o outro criminoso.

Em outra interceptação, um homem liga do Camelódromo, no Centro do Rio, e pede que um criminoso roube o dinheiro de um cliente que estava indo comprar um celular roubado. O ladrão, no entanto, diz que está em casa e recusa a empreitada. Ouça:

Em outra conversa telefônica, dois comparsas falam sobre a dificuldade de vender um celular roubado de um turista estrangeiro. “O chip é diferente. Esse é de fora, tem que pagar barato”, diz um dos criminosos. Ouça:

Em outro áudio, um assaltante cobra uma vítima para que ela pague um valor para ter de volta o celular roubado. Ouça:

Após dois anos de investigação, a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) identificou todas as etapas do esquema criminoso. O primeiro passo envolvia o roubo de celulares em áreas de grande circulação, como Duque de Caxias, o Calçadão de Bangu e a Central do Brasil.

Outros núcleos da quadrilha eram responsáveis pelo desbloqueio dos aparelhos, extorsão das vítimas e lavagem de dinheiro. Segundo a polícia, os líderes da facção forneciam armas e esconderijos aos assaltantes em troca de parte dos lucros.

“Durante as nossas interceptações telefônicas, os criminosos davam a seguinte ordem: ‘se não entregar o celular, atira’. Isso demonstra que eles não tinham nenhuma preocupação com a vida da vítima”, revelou Pedro Brasil, delegado titular da DDSD.

Os envolvidos foram identificados por meio de interceptações telefônicas e monitoramento financeiro. A Justiça do Rio de Janeiro expediu 43 mandados de prisão, e nesta terça-feira (18), 37 suspeitos foram presos. Durante a operação, foram apreendidos celulares, nove máquinas caça-níqueis, joias, relógios de luxo, uma moto roubada e drogas.

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