A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (19) uma operação em Manaus (AM) para combater um esquema de comercialização ilegal de ouro extraído de garimpos clandestinos na Amazônia Legal. Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos com o objetivo de coletar evidências e interromper a atividade criminosa. A operação investiga o envolvimento de agentes de segurança pública estadual.
A investigação apontou que o grupo criminoso cooptava ourives para manipular e revender ouro ilegal proveniente de garimpos clandestinos em Boa Vista (RR), Humaitá (AM), Japurá (AM) e São Gabriel da Cachoeira (AM).
O ouro era transportado para Manaus por meio de embarcações fluviais, caminhões e aeronaves. Agentes de segurança pública estadual são investigados por supostamente facilitar o transporte do ouro e garantir o fluxo constante da carga ilícita para o mercado.
Lavagem de dinheiro e falsidade ideológica
As investigações indicam que os agentes de segurança forneciam o ouro ilegal e coordenavam sua distribuição com intermediários, incluindo ourives e empresários. A PF identificou uma estrutura bem definida dentro da organização criminosa, com divisão de tarefas e uso de empresas de fachada para movimentar o dinheiro e disfarçar as transações ilegais.
A Operação Ourives busca desmantelar a rede de comercialização de ouro ilegal e responsabilizar criminalmente todos os envolvidos, tanto do setor público quanto do privado.
Os participantes poderão ser responsabilizados pelos crimes de usurpação de bens da União, peculato, formação de milícias, organização criminosa, entre outros delitos relacionados. A soma das penas previstas para os crimes investigados pode chegar a até 33 anos de reclusão.
A PF continua as investigações para identificar outros possíveis envolvidos no esquema.
