• Home
  • POLÍTICA
  • STJ decide que falas de Bolsonaro sobre urnas não podem ser alvo de ação popular

STJ decide que falas de Bolsonaro sobre urnas não podem ser alvo de ação popular

A 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta terça-feira, 18, que declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre as urnas eletrônicas não podem ser contestadas por meio de ação popular. Os ministros entenderam que manifestações políticas não configuram atos administrativos nem produzem efeitos jurídicos concretos, o que impede questionamentos com esse instrumento jurídico.

O ministro Gurgel de Faria, relator do caso, destacou que, mesmo que as falas de Bolsonaro sejam controversas, elas não possuem caráter administrativo. Segundo ele, opiniões emitidas em um contexto político não se enquadram no objetivo da ação popular, que deve impugnar medidas que possam comprometer o patrimônio público, o meio ambiente, a moralidade administrativa ou outros interesses coletivos.

+ Leia mais notícias de Política em Oeste

“Tais declarações, embora desprovidas de qualquer prova e questionáveis sob diversos aspectos, não configuram, em essência, ato administrativo, muito menos produzem efeitos jurídicos concretos, sendo opiniões proferidas em contexto político, cuja análise escapa ao âmbito de proteção da ação popular”, declarou o ministro.

YouTube video

Depois da rejeição do pedido na primeira instância, o autor recorreu ao STJ

Prevista na Constituição, a ação popular garante a qualquer cidadão o direito de contestar atos do poder público sempre que houver suspeita de prejuízo ao interesse coletivo. No entanto, Gurgel de Faria enfatizou que é preciso distinguir entre declarações políticas e atos administrativos.

Segundo ele, usar esse instrumento para impugnar discursos ampliaria seu escopo indevidamente e comprometeria sua função essencial de combater irregularidades reais.

O caso teve início com uma ação popular apresentada no Tribunal Regional Federal da 6ª Região. Na ação, um cidadão contestava declarações feitas por Bolsonaro em 2020 sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas. Depois da rejeição do pedido na primeira instância, o autor recorreu ao STJ. A Corte manteve a decisão inferior e reforçou que discursos políticos, mesmo polêmicos, não constituem atos ilegais ou lesivos que justifiquem uma ação popular.

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Bolsonaro não vai ser julgado pelo plenário do STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, presidente da 1ª Turma da Corte,…

Enem 2025: MEC prorroga prazo de inscrições até a próxima sexta (13/6)

O Ministério da Educação (MEC) prorrogou o prazo para as inscrições do Exame Nacional do…

Aryna Sabalenka e Coco Gauff fazem final inédita em Roland Garros

Duelo de alto nível na decisão de Roland Garros. Neste sábado (7/6), as duas melhores…