‘Não é apenas um batom’

A jornalista Natuza Nery, em comentário exibido pela GloboNews nesta sexta-feira, 28, minimizou as críticas à pena imposta à cabeleireira Débora dos Santos e atribuiu a repercussão do caso à “extrema direita”.

Para a jornalista, “a extrema direita se apegou ao caso da Débora” porque “dá rosto à ideia de uma pena excessiva” e à “hipótese de uma injustiça”.

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Natuza sugeriu que, mesmo que a punição pareça desproporcional, haveria justificativas para tal. “Uma coisa é nós, no nosso senso comum, avaliarmos que a pena foi demais”, observa. “A outra coisa são as circunstâncias dessa condenação ou do voto dos ministros.”

Para GloboNews, “não é apenas um batom”

A frase “não é apenas um batom” foi utilizada para rebater as críticas à condenação e para sugerir que Débora não teria sido punida apenas por escrever na estátua em frente ao Supremo Tribunal Federal, mas por fazer parte de algo maior.

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“O fato de ela estar lá, no acampamento, e esse acampamento era sabidamente um movimento com fins de um golpe de Estado”, disse Natuza. Porém, não há provas de que todas as pessoas presentes no acampamento conspiravam para um golpe.

Exemplo disso é o caso do morador de rua Flávio Soldani, de 58 anos, preso pelo 8 de janeiro. Sem motivação política, Soldani frequentava os acampamentos montados nas cercanias do Quartel-General de Brasília apenas para comer e dormir. Está preso até hoje.

A narrativa apresentada pela jornalista da GloboNews reforça a tese de que estar no local já seria suficiente para uma condenação severa. “Então, quem estava frequentando o acampamento golpista estava porque se interessava num golpe de Estado”, acusou Natuza. “Ele faz parte de uma preparação de um golpe de Estado. A história do batom é só um detalhe a mais dessa história.”

Natuza justificou o fato de que algumas pessoas foram liberadas ao aceitarem exigências da Procuradoria-Geral da República. “Quem aceitou o acordo de não persecução penal, fez lá um curso de democracia, essas pessoas estão em casa”, disse.

Por fim, a jornalista reconheceu que Débora tem direito à prisão domiciliar por ser mãe, conforme previsto na legislação. “Não significa que não seja correta a prisão domiciliar”, disse. “Ela está em prisão preventiva, tem filhos e a lei dá a ela esse direito.”

Leia também: “A anistia inevitável”, artigo de Augusto Nunes e Branca Nunes publicado na Edição 255 da Revista Oeste

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