O ex-presidente Jair Bolsonaro enviou, neste domingo, 13, um comunicado a deputados e senadores, em que pede “anistia humanitária” aos presos por envolvimento no 8 de janeiro.
Bolsonaro fez o apelo antes de ser submetido a uma nova cirurgia no abdômen, ainda relacionada à facada que sofreu em 6 de setembro de 2018. O procedimento começou às 8h. Bolsonaro informou estar acompanhado do bispo JB Carvalho, líder religioso de Brasília, durante a cirurgia.
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A mensagem, divulgada à imprensa, foi direcionada “àqueles que são contra à anistia humanitária”.
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Bolsonaro menciona Débora dos Santos
O ex-presidente voltou a citar o caso de Débora Rodrigues dos Santos, cabeleireira presa por escrever, com batom, a frase “perdeu, mané” na Estátua da Justiça, instalada em frente ao Supremo Tribunal Federal.
“A pena da Débora, passando de 14 para 10 anos de prisão, continua sendo uma brutal injustiça”, afirmou Bolsonaro. “Imaginemos a cena: a Polícia Federal arrancando a Débora de casa, com seus filhos de 10 e 7 anos chorando, sendo levada de volta à penitenciária.”
No texto, o ex-presidente adotou tom religioso para se referir à anistia.
“Deus ilumine cada um dos 513 deputados e 81 senadores em seus votos”, escreveu Bolsonaro. “Se, com nossas decisões, pavimentamos a nossa eternidade, esse voto tem um peso capital.”
Cirurgia extensa
O médico Leandro Echenique, que acompanha Jair Bolsonaro em Brasília, detalhou, na noite deste sábado, 12, informações sobre o processo cirúrgico do ex-presidente.

“É uma cirurgia aberta, que vai corrigir essa parte da obstrução das alças intestinais”, explicou o médico. Segundo Echenique, o procedimento envolve a retirada e reposicionamento de uma tela já existente no abdômen do ex-presidente — região que passou por diversas intervenções desde a facada sofrida em 2018. “Então é uma cirurgia bem extensa”, concluiu