Brasil pode ficar sem embaixador da Ucrânia

A retirada do embaixador ucraniano, Andrii Melnyk, de Brasília para assumir um novo cargo na Organização das Nações Unidas (ONU) marca um momento de tensão nas relações entre Brasil e Ucrânia.

A ausência de um substituto imediato pode deixar o posto vago por um ano, segundo o jornal Gazeta do Povo. Essa decisão reflete um descontentamento com a posição do governo brasileiro, vista como favorável à Rússia, que continua em conflito com a Ucrânia.

Nos bastidores, fontes do governo ucraniano indicam que um encarregado de negócios permanecerá na embaixada até o fim de 2026, aguardando possíveis mudanças políticas após as eleições presidenciais.

A saída de Melnyk sem um novo embaixador não é bem vista na diplomacia, sinalizando um possível rebaixamento das relações bilaterais.

Viagem de Lula à Rússia e suas implicações com a Ucrânia

Presidente Lula e presidente da Rússia, Vladimir Putin, nos anos 2000 | Foto: Reprodução/Kremlin

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem falado com frequência com Vladimir Putin, o que gera desconfiança por parte da Ucrânia.

A viagem de Lula à Rússia, marcada para maio, preocupa Kyiv, que espera esse encontro para decidir como vai se posicionar diplomaticamente em relação ao Brasil.

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A relação entre Lula e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem esfriado. Um telefonema esperado por Lula não aconteceu por causa da agenda apertada de Zelensky, agravada por ataques em cidades como Kryvyi Rih e Sumy.

A ida de Lula à Rússia foi vista como um gesto pró-Putin, o que aumentou o distanciamento entre os dois países.

Medidas diplomáticas

Mesmo com o clima tenso, a embaixada brasileira na Ucrânia, chefiada por Rafael de Mello Vidal, destaca a forte presença da comunidade ucraniana no Brasil, especialmente no Sul e em São Paulo, e lembra que ainda há cooperação cultural e no Congresso.

A proposta de paz sino-brasileira, inicialmente criticada por Zelensky, ganhou novos contornos após a entrada de Donald Trump nas negociações. A Ucrânia passou a vê-la de forma menos desfavorável, pois prevê o reconhecimento mútuo nas negociações.

A diplomacia brasileira aposta que é possível ampliar os laços com a Ucrânia em áreas como educação, cultura e energia limpa. Iniciativas como a participação da Ucrânia na Aliança Global contra a Fome e no programa Escola para Todos são vistas como pontos de aproximação.

No entanto, o plano é criticado por sua vaguidade, especialmente por não exigir a retirada de tropas russas.

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