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Homem da bomba no aeroporto de Brasília reduz pena após passar no Enem

O blogueiro Wellington Macedo de Souza (foto em destaque), condenado a 6 anos de prisão por tentar explodir o Aeroporto de Brasília às vésperas do Natal de 2022, teve 100 dias de pena abatidos após ser aprovado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024.

Wellington obteve nota superior a 450 em todas as áreas de conhecimento e acima de 500 na redação — critérios mínimos para a concessão do benefício. Por estar em regime fechado na época da prova, em novembro do ano passado, ele fez o exame dentro do Complexo Penitenciário da Papuda. Um mês depois, foi transferido para o regime semiaberto. Ele, entretanto, não passou para nenhuma disciplina.

Segundo dados obtidos pelo Metrópoles, Wellington alcançou as seguintes pontuações:

  • 506,3 em Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
  • 482,7 em Ciências Humanas e suas Tecnologias;
  • 573,1 em Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
  • 521 em Matemática e suas Tecnologias;
  • 560 na redação.

O Ministério Público se posicionou contra o abatimento da pena, alegando que o réu já havia realizado o Enem anteriormente e, por isso, não poderia obter o benefício. Apesar de se autointitular jornalista, Wellington não possui curso superior completo.

Além do Enem, ele teve quatro dias de pena reduzidos ao apresentar uma resenha do livro O Processo, de Franz Kafka, que leu durante o período de detenção. A obra acompanha o personagem Josef K., um bancário acusado de um crime desconhecido e mergulhado em um sistema judicial opressor. Os encaminhamentos foram feitos pela defesa do blogueiro.

Wellington estava foragido desde dezembro de 2022, mas foi capturado pela Interpol em 9 de setembro de 2023, na Ponte da Amizade — ligação entre Foz do Iguaçu (PR) e Ciudad del Este, no Paraguai. Um mês antes, em agosto, ele havia sido condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) por expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outro, mediante colocação de dinamite ou de substância de efeitos análogos em um caminhão-tanque carregado de combustível, bem como causar incêndio em combustível ou inflamável.

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O caso

Antes de se envolver no planejamento do ato terrorista, o condenado havia sido preso por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em razão disso, Wellington se apresentava como “Preso do Xandão”.

As investigações da polícia revelaram que Wellington usava tornozeleira eletrônica quando colocou explosivo em um caminhão-tanque próximo ao Aeroporto de Brasília, em 24 de dezembro de 2022. Ele planejou o atentado com Alan Diego dos Santos Rodrigues e George Washington de Oliveira Sousa. Wellington também estava em Brasília na data da tentativa de invasão ao prédio da Polícia Federal (PF).

Conhecido frequentador do acampamento golpista que permaneceu montado por mais de 70 dias em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, Wellington recebeu quatro parcelas do auxílio emergencial em 2020 e até trabalhou no antigo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, durante a gestão da atual senadora Damares Alves (Republicanos-DF), em 2019.

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