O deputado Gilvan da Federal (PL-ES), suspenso pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, divulgou, na noite desta quarta-feira (7/5), mensagem em que projeta o cenário que encontrará, após o período de afastamento da Casa, daqui três meses.
“Combati o bom combate, terminei a corrida, mantive a FÉ. Obrigado pelo apoio de todos. Voltarei mais FORTE”, publicou ele em lista de transmissão.
Nessa terça-feira (6/5), o Conselho de ética, por 15 votos a 4, aprovou o pedido de suspensão cautelar do mandato do deputado pelo prazo de três meses. O parlamentar podia recorrer ao plenário, mas decidiu não utilizar esse mecanismo.
Processo de suspensão
A representação contra Gilvan foi feita de forma inédita pela Mesa Diretora da Câmara, que alegou quebra de decoro parlamentar. A mesa solicitou a suspensão cautelar do mandato por seis meses, mas o relator, deputado Ricardo Maia (MDB-BA), que inicialmente tinha seguido a Mesa, recuou e protocolou um novo parecer com o voto por suspensão de três meses.
Recentemente, Gilvan da Federal se envolveu em uma briga com o líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), e usou palavras de baixo calão para se referir à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
Em outra ocasião, o deputado esteve no centro de uma polêmica, no início do mês, por ter desejado a morte de Lula durante sessão da Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados.
“Eu quero mais que o Lula morra, quero que ele vá para o quinto dos infernos, é um direito meu. Não vou dizer que eu vou matar cara, mas eu quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos”, disse na ocasião.
Depois, ele afirmou ter se arrependido da declaração. “Eu aprendi com o meu pai que um homem deve reconhecer os seus erros. Um cristão não deve desejar a morte de ninguém. Então eu não desejo a morte de qualquer pessoa”, disse o parlamentar.