O Ministério Público de Pernambuco denunciou à Justiça na última quinta-feira (8) a mulher apontada como responsável pela morte do menino Arthur Ramos, de apenas 2 anos. O crime ocorreu no dia 16 de fevereiro deste ano, em Tabira, no Sertão do estado, e ganhou repercussão nacional pela extrema violência cometida contra a criança.
A acusada, Giselda da Silva Andrade, foi denunciada por homicídio qualificado, estupro de vulnerável e tortura. A causa da morte de Arthur foi asfixia mecânica associada a traumatismo craniano. “Consta nos autos que a vítima foi submetida, de forma reiterada e cruel, a agressões físicas, maus-tratos, privação de cuidados e abuso sexual”, informa a nota do Ministério Público.
De acordo com informações obtidas pela CNN, Arthur vivia sob os cuidados de Giselda e do companheiro dela, Antônio Lopes. Os dois eram responsáveis pela criança, embora não houvesse vínculo familiar direto.
Após a morte do menino, Giselda e Antônio foram localizados e presos na zona rural de Carnaíba (PE). No trajeto até a delegacia, Antônio foi retirado da viatura por populares e linchado. Giselda segue presa e à disposição da Justiça.
Testemunhas ouvidas durante a investigação relataram um histórico de maus-tratos contra Arthur. “A acusada mantinha conduta sistemática de violência contra a vítima, utilizando-se de sua posição de guardiã de fato para aplicar castigos físicos cruéis e injustificáveis”, afirmou a Promotoria.
O Ministério Público agora aguarda o recebimento da denúncia por parte do Judiciário
