O PT rachou na disputa pela presidência da sigla no Rio de Janeiro. O deputado federal Reimont afirmou ao Metrópoles nesta segunda-feira (12/5) que vai concorrer ao comando da executiva estadual, cargo também almejado pelo secretário de Habitação carioca, Diego Zeidan. Ele é filho do prefeito de Maricá, Washington Quaquá, vice-presidente nacional do partido e um dos candidatos a chefiar o diretório nacional da sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“A candidatura não é minha, mas dessa frente bastante ampla, diversa e unida em torno de uma pauta comum. Juntos, temos um compromisso firme com o PT, com a história e a militância do nosso partido e com a construção de um Brasil justo, solidário e democrático”, disse Reimont. O parlamentar será lançado oficialmente no próximo sábado (17/5).
Na lista de apoiadores divulgada por Reimont, estão nomes de peso do PT do Rio de Janeiro. Estão entre eles: o líder da legenda na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias; a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco; e o secretário de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, André Ceciliano.
Apesar de angariar o apoio de figuras importantes da sigla, o candidato a comandar o PT no Rio enxerga um cenário incerto. Zeidan é filho de Quaquá, que tem como vice-prefeito o atual presidente estadual da sigla, João Maurício, mais conhecido como “Joãozinho”.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Partido dos Trabalhadores contou com 113,9 mil filiados no Rio de Janeiro 2024, sendo Maricá o 4º maior município fluminense em número de petistas “de carteirinha”, literalmente. Nos bastidores, lideranças do partido afirmam que o número de filiações disparou na cidade comandada por Quaquá, mas elas ainda não foram contabilizadas.
“A principal experiência política da história do PT do Rio são os nossos governos em Maricá, que vão 20 anos de políticas transformadoras. Diego na presidência estadual representará definitivamente a vitrine de Maricá assumindo protagonismo Estadual”, disse Quaquá sobre a candidatura do filho.
No Processo Eleitoral Direto (PED) da sigla, qualquer filiado poderá votar, o que torna as disputas imprevisíveis. O estatuto da sigla também obriga a realização de debates, o que pode intensificar e publicizar discordâncias internas.
