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Professor emérito do Direito da USP critica posição atual do STF

Em artigo publicado no portal Consultor Jurídico, na última sexta-feira, 23, o professor emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) Manoel Gonçalves Ferreira Filho expressou preocupações sobre o papel atual do Supremo Tribunal Federal (STF) como guardião da Constituição Federal do Brasil.

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Segundo o jurista, a Corte tem assumido funções que extrapolam os limites estabelecidos pela Carta Magna de 1988. Dessa forma, compromete a imparcialidade e a segurança jurídica no país.

Ferreira Filho destacou que o STF, conforme o artigo 102 da Constituição, tem como função precípua a guarda das regras nela contidas. Ele enfatiza que essa função é vital para assegurar a supremacia da Carta, que garante as liberdades fundamentais e limita o poder estatal.

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No entanto, ele questiona se, atualmente, a Suprema Corte tem cumprido adequadamente essa função. Conforme o jurista, há inquéritos e decisões que podem “extrapolar os limites constitucionais”.

Mais críticas de Ferreira Filho ao STF

Professor emérito do Direito da USP, Manoel Gonçalves Ferreira FilhoProfessor emérito do Direito da USP, Manoel Gonçalves Ferreira Filho
Professor emérito do Direito da USP Manoel Gonçalves Ferreira Filho | Foto: Divulgação/USP

O autor cita a Portaria GP Nº 69, de 14 de março de 2019, que instaurou o Inquérito 4.781 para apurar “notícias fraudulentas [fake news], denunciações caluniosas, ameaças e infrações revestidas de animus caluniandi, diffamandi e injuriandi que atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros e familiares”.

Ferreira Filho argumenta que esse inquérito, popularmente conhecido como das fake news ou do fim do mundo, conduzido diretamente pelo STF, compromete a imparcialidade da Corte e viola o princípio da separação dos Poderes.

Leia também: “EUA miram o império da censura de Moraes”, artigo de Ana Paula Henkel publicado na Edição 270 da Revista Oeste

Ele também ressalta a importância do controle de constitucionalidade como meio de garantir que todas as leis e os atos estejam em conformidade com a Constituição. No entanto, alerta para o fato de que o excesso de poder concentrado em uma única instituição, especialmente sem mecanismos efetivos de contenção, ameaça o equilíbrio entre os Poderes da República.

Ferreira Filho conclui que é necessário repor o STF nos parâmetros da Constituição. Assim, evitam-se interpretações que possam comprometer a democracia e os direitos fundamentais dos cidadãos. Para ele, a defesa da democracia deve ser feita com base na Constituição, e não à revelia dela.

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