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Lula afaga ministro indicado por Alcolumbre em meio a crise com União

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afagou, neste sábado (14/6), o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, em meio a uma crise de relação entre o governo e o União Brasil. O titular da pasta é uma indicação direta de um dos caciques do partido, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Três dias após o União indicar que deve desembarcar do governo Lula em breve, Lula compareceu à ativação do novo sistema Defesa Civil Alerta, uma iniciativa do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. No evento, ele afirmou ao titular da pasta: “Parabéns, valeu a pena trazê-lo para o ministério”.

A agenda ocorreu após um encontro no Alvorada com ministros palacianos e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o pacote arrecadatório.

Ex-governador do Amapá, Waldez é considerado uma espécie de ministro “intocável” na Esplanada. O nome dele não é citado nem pelos petistas que defendem a redução do espaço do União na Esplanada. Nos bastidores do Centrão, lideranças assumem que dificilmente conseguiriam convencer Alcolumbre a abandonar esse e outros cargos na máquina federal, que se acumulam à medida que o presidente do Senado se torna o fiel da balança para Lula no Congresso.

5 imagensDavi Alcolumbre e Waldez Góes juntos no Sambódramo de Macapá durante Carnaval 2025Lula e Waldez Góes, ministro da Integração e Desenvolvimento RegionalFechar modal.1 de 5

Waldez Góes, ministro da Integração, e o senador Davi Alcolumbre

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Davi Alcolumbre e Waldez Góes juntos no Sambódramo de Macapá durante Carnaval 2025

Reprodução/Instagram3 de 5

Igo Estrela/Metrópoles @igoestrela4 de 5

Lula e Waldez Góes, ministro da Integração e Desenvolvimento Regional

Breno Esaki/Metrópoles5 de 5

Ricardo Stuckert/PR

O União Brasil está em vias de formar uma federação com o Progressistas (PP) e escancarou, na quarta-feira (11/6), que deve romper de vez com o presidente Lula. As siglas fizeram uma declaração conjunta anunciando que seriam contra a Medida Provisória (MP) com medidas arrecadatórias para substituir o reajuste do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que sequer havia sido enviada na ocasião.

Nos bastidores, caciques de ambas as siglas afirmaram ao Metrópoles que avisaram ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que se pronunciariam publicamente contra a MP. O recado de que a sequência seria seria um desembarque do governo Lula, segundo esses líderes do Centrão, foi claro. Na prática, a federação, que tenta se colocar como uma força de centro-direita, usou a crise do IOF para marcar posição política.

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O senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, afirmou que o estatuto da federação deve ser fechado no dia 9 de julho. Em seguida, discutirão a proibição de qualquer filiado participar do atual governo. A fala foi aplaudida por parte da bancada que acompanhava o discurso, mas sem reação expressa do presidente do União Brasil, Antônio Rueda, cujo partido tem três ministérios na Esplanada.

Nos bastidores, fontes de ambas as legendas afirmaram que estão próximas a romper com Lula. Afirmam, porém, que Waldez dificilmente sairia. Hoje, o União tem outros dois ministérios, além da cota da bancada de deputados: o do Turismo, com Celso Sabino; e das Comunicações, com Frederico Filho. Já o PP chefia o Ministério do Esporte, com André Fufuca.

Outro fator que complica a relação é a pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, pelo União Brasil. Já Ciro Nogueira é cotado a vice em uma eventual chapa unificada da direita em 2026.

Sistema rendeu elogios

Neste sábado, Lula participou da ativação do novo sistema Defesa Civil Alerta, que enviará mensagens a celulares em 36 municípios do Nordeste. O evento contou com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e técnicos.

Foi ao elogiar a iniciativa e questionar o ministro sobre detalhes do projeto que Lula fez o afago.

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