‘Lula penaliza os mais pobres’

O ex-presidente Jair Bolsonaro criticou a recente proposta de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em publicação na rede social X, neste sábado, 14.

+ Leia mais notícias de Política em Oeste

“[A medida] Rompe o compromisso de redução de impostos e penaliza os mais pobres”, escreveu Bolsonaro.

A declaração vem depois de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciar, e em parte recuar, um decreto que elevava a alíquota de IOF para operações cambiais, como compras internacionais com cartão de crédito.

“Essa inversão penaliza o cidadão que viaja, compra do exterior e dependia das regras claras e reduzidas que estabelecemos”, completou o ex-presidente. “É um retrocesso que atinge principalmente quem mais precisa de crédito e serviços acessíveis.”

Ações do governo Bolsonaro, e impacto na população

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de retomada das operações do Porto de Itajaí, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad | Foto: Ricardo Stuckert / PR

O IOF incide sobre diversas operações financeiras, como empréstimos, câmbio, seguros e investimentos. Na sua gestão, Bolsonaro assinou um decreto que previa a redução gradual do imposto até sua eliminação em 2028. A ação alinharia o Brasil às exigências da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Com o novo decreto de Lula, a alíquota fixa de 3,5% foi aplicada de forma imediata a todas as operações de câmbio.

A medida gerou reação negativa de setores econômicos e políticos. Depois da repercussão, o governo recuou parcialmente e isentou transferências de pessoa física e fundos de investimento. Contudo, manteve o aumento para empresas, remessas e uso do cartão de crédito internacional. Haddad afirmou que se tratava de uma “correção de rota” e que o governo está sensível às críticas.

YouTube videoYouTube video

O aumento do IOF tem efeitos amplos: encarece o crédito, especialmente para a população de baixa renda que depende de financiamentos, empréstimos pessoais e o rotativo do cartão de crédito. A conta também chega a pequenos empreendedores, que veem os juros subirem, de modo a dificultar investimentos produtivos.

Além disso, empresas que operam com crédito e câmbio tendem a repassar os custos ao consumidor final. Isso pode gerar efeitos inflacionários indiretos e pressionar o preço de produtos e serviços essenciais.

Leia também: “Lula 3: já acabou, mas precisa terminar”, artigo de Adalberto Piotto publicado na Edição 273 da Revista Oeste

O impacto também se estende ao câmbio. Como há a importação de parte dos combustíveis e insumos industriais, o dólar mais caro, por efeito do IOF, pode resultar em aumento no preço da gasolina, eletrônicos, alimentos e outros itens.

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Cinco pessoas são presas por dar pauladas, enforcar e enterrar jovem

Uma jovem, de 21 anos, morreu após ser agredida com pauladas, ser enforcada e ter…

Policiais do BPA concluem Estágio de Adaptação à Vida na Selva promovido pelo Exército

Na sexta-feira, 13 de junho de 2025, foi realizada a cerimônia de formatura do Estágio…

Alexandre Pato celebra conclusão de curso em Harvard: “Minha missão”

O ex-jogador Alexandre Pato compartilhou um novo momento da carreira em suas redes sociais. Em…