Com jatinhos, vinhos raros e uma rotina de luxo documentada em vídeos de alto padrão nas redes sociais, o advogado Nelson Wilians ganhou destaque como figura extravagante. Agora, seu nome entra em cena por outro motivo: ele foi citado em um inquérito da Polícia Federal (PF) que apura fraudes bilionárias no INSS, envolvendo benefícios previdenciários obtidos de forma irregular.
O nome de Wilians consta em relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontam movimentações financeiras consideradas suspeitas, somando R$ 4,3 bilhões. O advogado, no entanto, minimizou a cifra e chegou a declarar, com desdém, que teria movimentado ainda mais — R$ 5,8 bilhões — no mesmo período.
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Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) encaminhados à PF no contexto da Operação Sem Desconto identificaram movimentações suspeitas ligadas ao escritório de advocacia de Wilians. A investigação também mira o empresário Maurício Camisotti, suas empresas e entidades a ele vinculadas, suspeitos de participar de um esquema de fraudes em filiações de aposentados.
Advogado mantém vida de luxo nas redes
Essa é o Nelson Wilians, o advogado que movimentou R$ 4.3 Bilhões de Reais e fez pagamentos a empresários da Fraudes do INSS 👍🏻 Nas redes sociais ostenta vida de extremo luxo. pic.twitter.com/VLK82bZdWN
— ynaR 𝕏 (@ynaR_BR) May 31, 2025
Conhecido nas redes sociais, Wilians protagoniza vídeos que misturam ostentação e vida pessoal em cenários de alto luxo. Em um dos conteúdos que voltou a circular nos últimos dias, o advogado apresenta uma adega com centenas de garrafas de vinho — algumas delas avaliadas em até R$ 60 mil — enquanto narra, com orgulho, suas conquistas.
O estilo de vida inclui viagens frequentes ao exterior, participação em eventos como o Festival de Cannes e a manutenção de aeronaves particulares. Ao portal Metrópoles, o escritório de Nelson Wilians afirma que não há qualquer irregularidade nas atividades do advogado.

“As transações financeiras são legítimas, de caráter estritamente privado, e não guardam qualquer relação com investigações sobre fraudes ou eventuais práticas criminosas”, informou a banca em nota oficial. O texto também ressalta que nem o escritório, nem Wilians, foram formalmente notificados.
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