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Ameaçado pelo PCC, espião russo ficará detido até fim de 2025

Em meio à disputa entre os governos dos Estados Unidos e da Rússia e sob ameaça de morte do Primeiro Comando da Capital (PCC), o espião russo Sergey Vladimirovich Cherkasov continuará preso na Penitenciária Federal de Brasília pelo menos até o final de 2025.

Após ser identificado e ameaçado por integrantes do segundo escalão do PCC como espião, durante um banho de sol, Sergey foi isolado na prisão para a própria segurança. Há pelo menos um ano, ele segue no mesmo regime, realizando atividades e tomando banho de sol sozinho em uma das quatro convivências da unidade de segurança máxima.

Apesar de já reunir condições para cumprir pena de cinco anos e dois meses em regime semiaberto, as autoridades temem que, solto, ele seja assassinado pelo PCC ou tente fugir ilegalmente para a Rússia, país que já manifestou interesse em repatriá-lo. investigadores consultados pelo Metrópoles, no entanto, avaliam essa última possibilidade como remota.

Desde maio de 2022, a Polícia Federal (PF) conduz um inquérito que investiga atos de espionagem, lavagem de dinheiro e corrupção envolvendo o nome do russo. Enquanto as apurações estiverem em andamento e houver risco de fuga ou de represália por parte da facção paulista, Sergey permanecerá preso em Brasília.

“Ele é um camaleão. Recebemos informes e não podemos contar com a sorte [dele solto]”, afirmou uma fonte ouvida pela reportagem.

Em março de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que Sergey só poderá deixar o Brasil rumo à Rússia após o fim das investigações, mesmo que sua pena no país já tenha sido cumprida. Até lá, as investigações da PF provavelmente já terão sido concluídas e, ao que tudo indica, ele poderá responder por mais crimes.

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Sergey Cherkasov foi preso pela PF no Aeroporto Internacional de SP e atualmente está preso em Brasília

Sergey com roupas militares em foto de rede social russa
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Sergey Cherkasov foi preso pela PF no Aeroporto Internacional de SP e atualmente está preso em Brasília

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Sergey com roupas militares em foto de rede social russa

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Ameaça do PCC

Sergey chegou a relatar às autoridades que membros do PCC sabiam quem ele era e o que havia feito. A informação teria circulado dentro da penitenciária por meio de uma publicação de revista. Diante do risco, agentes decidiram mantê-lo em uma ala isolada.

O russo foi preso em abril de 2022, em São Paulo, pela Polícia Federal. Ele usava uma identidade brasileira falsa para tentar se infiltrar no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda.

O serviço secreto holandês descobriu que Sergey construiu a identidade falsa ao longo de 12 anos, sob o nome de Viktor Muller Ferreira, supostamente nascido em Niterói (RJ). Com essa identidade, ele morou nos Estados Unidos e na Holanda, onde chegou a conseguir uma vaga de estágio no TPI.

Sob monitoramento, o russo embarcou para a Holanda, mas teve a entrada negada após as autoridades detectarem a falsificação documental. Ele foi deportado para o Brasil, onde acabou preso ao desembarcar em São Paulo.

Além de impedir sua entrada, o governo holandês compartilhou todas as informações obtidas com os órgãos de inteligência e investigação do Brasil. Desde então, as autoridades brasileiras sabem que Sergey é apontado pelo país europeu como um espião russo que tentou se infiltrar no tribunal penal, um caso de grande repercussão internacional.

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