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Ao elogiar Motta, Lula evita rebater críticas sobre o IOF

Em meio a críticas sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou o papel do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), durante o congresso nacional do PSB neste domingo, 1º.

“Querido deputado Hugo Mota, que também eu considero você uma novidade na política brasileira”, disse Lula. “Independente do partido que você pertence, independente, ou seja, o teu comportamento e a tua eleição como presidente da Câmara é a demonstração de que, dentre tantas coisas ruins que nós vivemos, começam a acontecer coisas boas. E isso é extremamente importante.”

+ Motta cobra Lula sobre IOF: ‘Precisa apresentar alternativas’

Durante o evento, Lula também afirmou que a recente eleição de Motta à presidência da Câmara representa uma mudança positiva diante de tantos desafios enfrentados pelo país. Ele declarou apoio dos partidos de esquerda ao parlamentar.

“E eu quero que vocês saibam que os partidos de esquerda desse país vão lhe tratar como jamais alguém imaginou que pudessem tratar o presidente da Câmara que pertence a um outro partido político”, afirmou. “Porque nós estamos convencidos de todas as decisões que a gente tiver que tomar em benefício do povo brasileiro, a gente tem que tomar na construção da maioria.”

+ Motta sobe o tom com o governo: ‘O país está cansado do aumento de impostos’

Ao elogiar a importância do presidente da Câmara para a política nacional, o petista evitou rebater diretamente as cobranças feitas por Motta em relação ao aumento do IOF e à responsabilidade fiscal do governo.

Motta critica governo Lula por aumento do IOF

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O presidente da Câmara, Hugo Motta, se mostrou insatisfeito com o aumento do IOF | Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

A tensão em torno do aumento do IOF ganhou força depois de Motta exigir uma posição do governo Lula sobre a medida. Na quinta-feira passada, 29, o presidente da Câmara defendeu a busca por propostas estruturais para a responsabilidade fiscal.

“O presidente da República estava em viagem ontem, hoje me parece que já está em viagem novamente”, prosseguiu. “Então o presidente precisa tomar pé dessa situação para que a partir daí o governo possa apresentar essas alternativas. E o que estamos defendendo? Que venham medidas mais estruturantes, que o Brasil possa enfrentar aquilo que é preciso. Para poder entrar em um momento de mais responsabilidade fiscal.”

+ Em clima de derrubada do decreto do IOF, Haddad se reúne com Motta e Alcolumbre

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Haddad não garantiu ao Legislativo que vai rever o aumento do IOF | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

Ainda na semana passada, Motta esteve reunido com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais). Os presidentes do Legislativo deram 10 dias para que a equipe econômica apresente uma alternativa ao aumento do IOF.

Motta sinalizou que a equipe econômica do governo pode não apresentar uma proposta alternativa, mas alertou: “Nós também deixamos claro que a nossa alternativa pode ser, sim, pautar o PDL sustando a decisão do governo. Isso foi dito de forma muito precisa e pontual para o ministro Haddad”.

+ O recado de Motta ao governo sobre o IOF

Quando anunciou a elevação do tributo, Haddad estimou arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025. Ainda na quinta-feira, Motta criticou o governo por enviar apenas propostas que ampliam a arrecadação, sem revisar gastos públicos.

“Essa Casa não faltou em nenhum momento às medidas que foram enviadas pelo Ministério da Fazenda e pelo governo e foram aprovadas”, afirmou. “Essa nossa posição com relação ao IOF é porque temos um ambiente de, há dois anos e cinco meses, todas as medidas que aqui chegaram visaram ao aumento de arrecadação. Não chegaram medidas revendo despesas.”

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