O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira, 21, em Brasília, que deseja se colocar como uma opção para o Brasil, mesmo enfrentando problemas judiciais. “Não tenho obsessão pelo poder. Se Deus permitir, dados os problemas gravíssimos que eu atravesso, só peço a Deus ser uma opção para o Brasil, e que vença o melhor”.
No discurso, Bolsonaro não citou sua condição de inelegível nem o processo em que responde no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento nas manifestações de 8 de janeiro de 2023. Ele é réu por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Além disso, responde por golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e, do mesmo modo, grave ameaça contra o patrimônio da União, associada a deterioração de patrimônio tombado.
Bolsonaro: discurso para 2 mil prefeitos
Bolsonaro falou por cerca de cinco minutos para uma plateia de aproximadamente 2 mil prefeitos que participam da 26ª Marcha dos Prefeitos. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) promove o evento que termina nesta quinta-feira, 22. Nesta terça, o presidente Lula da Silva enfrentou vaias durante sua participação na abertura do encontro.
O ex-presidente citou os “problemas gravíssimos” que enfrenta, mas evitou detalhá-los. Relembrou principalmente um dos slogans de sua gestão, “menos Brasília, mais Brasil”, e afirmou que essa filosofia de governo “veio para ficar”.

No discurso, Bolsonaro leu uma lista de recursos que, segundo ele, foram repassados aos municípios durante seu mandato. Destacou, sobretudo, os R$ 5,3 bilhões do pré-sal, o adicional de 1% no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), além do auxílio emergencial que atendeu 68 milhões de pessoas. Também afirmou que, no período, “nenhum prefeito ficou devendo o 13º salário dos servidores”.
Por fim, prometeu que o PL apoiará a aprovação da PEC 66/2023, principal demanda da marcha. A proposta cria um teto para o pagamento de precatórios pelas prefeituras e reabre prazos para parcelamento de dívidas com a Previdência Social.
+ Leia mais notícias de Política na Oeste