O Brasil criou 257.528 vagas de emprego formal (ou seja, com carteira assinada) em abril, segundo dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira (28/5) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Este é o maior número para o mês desde 2020, início da série histórica do Novo Caged. O recorde anterior foi registrado no ano passado, com a abertura de 239,9 mil postos de trabalho formal.
O saldo de abril é decorrente de 2.282.187 de admissões e 2.024.659 de desligamentos. Na comparação ao mesmo período de 2024 (239.886), o resultado do mês representa um aumento de 7,35%.
No acumulado do ano (de janeiro a abril), foram abertas 922.362 vagas de emprego formal.
Caged em abril: setores e estados
Todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo no mês passado. Os destaques vieram dos setores de serviços e comércio.
Confira a variação de cada atividade econômica:
- Serviços, com criação de mais 136.109 postos;
- Comércio, com criação de 48.040 postos;
- Indústria, com criação de mais 35.068 postos;
- Construção, com criação de mais 34.295 postos; e
- Agropecuária, com saldo negativo de 4.025 postos.
Em abril, houve crescimento nas 27 unidades da federação (UF), com destaque para São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
As UFs com maiores saldos são:
- São Paulo, com mais 72.283 postos. O destaque veio de serviços (+40.166) e comércio (+12.959);
- Minas Gerais, com mais 29.083. Os maiores ganhos foram de serviços (+14.744)); e
- Rio de Janeiro, com mais 20.031 postos. Com aumento de vagas em serviços (+10.612).
Já as com menores saldos são:
- Acre, com 760 postos. Resultado puxado pelo setor de serviços (+565);
- Roraima, com 669 postos;
- Alagoas, com 414 postos. O maior crescimento foi em serviços (+1.228).
Salário médio
O salário médio real em abril foi de R$ 2.251,81, com aumento de R$ 15,96 (+0,71%) em relação ao valor de março de 2025, de R$ 2.235,85. Enquanto na comparação com abril do ano passado, o ganho real foi de R$ 6,62 (ou +0,28%).
Para os trabalhadores considerados típicos, o salário foi de R$ 2.286,82 (1,6% maior que o valor médio), enquanto aqueles considerados não típicos tinham salário médio de R$ 1.979,78 (12,1% menor que o valor médio).