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Câmara aprova urgência de PL que proíbe desconto no INSS

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 20, a urgência para o Projeto de Lei 1846/25, que proíbe o desconto automático de mensalidades de associações e sindicatos nos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Com isso, o projeto irá ser votado direto no Plenário, sem precisar passar por aprovação das comissões da Casa.

A mensalidade associativa é uma contribuição que aposentados, pensionistas ou pessoas de uma determinada categoria profissional pagam periodicamente para integrar uma associação, sindicato ou entidade de classe sem fins lucrativos que representa os interesses de seus afiliados.

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O deputado Sidney Leite (PSD-AM), autor do projeto, disse que a revogação busca proteger os aposentados e pensionistas contra descontos indevidos. “É imperioso que este Parlamento atue de forma enérgica para proteger os segurados da Previdência Social, especialmente os aposentados e pensionistas, que frequentemente se encontram em situação de vulnerabilidade”, afirmou.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o mérito do projeto será analisado na próxima semana, “pois o projeto de lei sobre o reajuste de servidores do Executivo tranca a pauta”. Segundo Motta, todas propostas relacionadas ao combate de fraudes no INSS serão unidas.

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Entenda o escândalo no INSS

O recente escândalo no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), revelado em abril de 2025, expôs um esquema bilionário de fraudes em descontos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas.

A Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, identificou que, entre 2019 e 2024, mais de R$ 6,3 bilhões foram desviados por meio de cobranças indevidas realizadas por entidades associativas.

Fachada do INSS em Brasília - 2.11.2023 | Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Fachada do INSS em Brasília – 2.11.2023 | Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Essas entidades, muitas vezes sem estrutura para oferecer os serviços prometidos, aplicavam descontos diretamente nos benefícios dos segurados, sem o devido consentimento. A investigação resultou na abertura de processos administrativos contra 12 entidades suspeitas, como associações e sindicatos.

O escândalo levou à exoneração do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e à renúncia do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, depois de pressão pública e política. Em resposta, o órgão anunciou a criação de um canal específico para que aposentados e pensionistas solicitem o ressarcimento dos valores descontados indevidamente.

Leia também: “Onde os idosos não têm vez”, artigo de Tiago Pavinatto publicado na Edição 267 da Revista Oeste

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