A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia fez uma homenagem enfática ao colega Alexandre de Moraes durante o seminário “Democracia, Justiça, Política e o Futuro do MP na Perspectiva Feminina”. O evento teve a organização do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Em sua fala, nesta última sexta-feira, 2, ela destacou a importância histórica da presença de integrantes do MP na composição da Suprema Corte.
“Faço uma referência ao meu queridíssimo amigo, ministro Alexandre de Moraes, que, não se esqueçam de lembrar, a cada voto, que ele é Ministério Público. Ele não apenas passou por aqui, ele é o Ministério Público”, afirmou Cármen Lúcia. Diferentemente do STF, que é um órgão julgador, o MP desempenha a função acusatória. Para usuários das redes sociais, o comentário de Cármen contradiz o princípio da imparcialidade.
STF: diversidade e mal-estar
A ministra enfatizou que o STF, desde sua origem, reúne profissionais de diferentes trajetórias jurídicas, e não apenas juízes de carreira. “Embora, às vezes, isso possa causar certo mal-estar em algumas instituições, o STF nunca foi, tradicionalmente, composto majoritariamente por magistrados.”
Cármen Lúcia lembrou que, com a saída do ministro Ricardo Lewandowski (hoje, no Ministério da Justiça), a atual formação da Corte deixou de incluir representantes da magistratura do Estado de São Paulo. Nesse contexto, a ministra reiterou os elogios em razão do vínculo de Moraes com o Ministério Público paulista.
Carmen Lúcia declara a ausência de imparcialidade no STF, como algo positivo. Acabou a justiça no Brasil?! pic.twitter.com/et7nURRrHx
— Oliveira. W. ⚖️ (@wallaceolive_r) May 3, 2025
“Temos brilhantemente São Paulo representado. Soberbamente, eu diria. A presença de um membro do MP-SP, que é o ministro Alexandre de Moraes, representa hoje tudo de melhor em termos de coragem e imparcialidade”.
Segundo a ministra, Moraes cumpre papel essencial na preservação do Estado Democrático de Direito. “O Ministério Público de São Paulo fica credor na história do Brasil por ter formado alguém que representa não só sua instituição, mas o próprio direito brasileiro”.

Em tom mais leve, Cármen Lúcia compartilhou detalhes de sua relação pessoal com o colega. Disse ter uma amizade próxima à esposa do ministro, Viviane Barci, a quem chama de “Vivi”, e brincou sobre possíveis discordâncias com Moraes: “Dele, de vez em quando, eu tenho uns arranca-rabos.”
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