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Construtora fará obras em Jericoacoara sem licença dos órgãos locais

A Justiça Federal autorizou nesta segunda-feira (5/5) que o Consórcio Urbia realize obras em Jericoacoara sem licenciamento ambiental municipal. Como revelou o Metrópoles, o empreendimento é formado pela Construcap, construtora da família do secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), João Paulo Capobianco. A concessão do parque nacional foi realizada pelo ICMBio, instituto vinculado ao MMA.

A ação é movida pelo Município de Jijoca (CE), ao qual pertence a vila de Jericoacoara. Ela é cercada pelo parque nacional, mas não faz parte dele. A gestão municipal alega que a Urbia começou a realizar obras no local sem o devido licenciamento junto aos órgãos locais. A Justiça entendeu que o próprio Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que fez o leilão da concessão, poderia autorizar intervenções.

“Em relação às obras realizadas dentro dos limites do Parque Nacional (área de concessão), compreende-se que elas não necessitam de qualquer licenciamento ou autorização do órgão municipal, sendo suficiente a autorização do ICMBio”, escreveu o juiz Sérgio de Norões Milfont Júnior, da 18ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Sobral-CE.

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Jericoacoara é um dos destinos brasileiros que superam famosos destinos internacionais

Atrações da vila de Jericoacoara atraem turistas o ano todo
A Pedra Furada é cartão-postal de Jericoacoara, no Ceará
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Ligação entre consórcio vencedor da concessão de Jericoacoara e o secretário-executivo do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco

Lygia Lyra/Metrópoles

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Jericoacoara é um dos destinos brasileiros que superam famosos destinos internacionais

Getty Images

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Melhores Destinos/ Reprodução

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A Pedra Furada é cartão-postal de Jericoacoara, no Ceará

Mohamed LOUNES/Gamma-Rapho via Getty Images

Ao Metrópoles, o prefeito de Jijoca, Leandro Cezar (PP), lamentou a decisão. “A gente fica muito triste com relação à decisão, que vai impactar no meio ambiente do Parque Nacional de Jericoacoara. Porém, respeitamos”, disse o gestor municipal. Ele afirmou, porém, que há motivos para celebração.

Justiça suspendeu cobrança de ingressos

Na mesma decisão, a Justiça Federal afirmou que a Urbia não poderia cobrar ingressos de quem entrar no parque para visitar a vila de Jericoacoara. O consórcio queria limitar a gratuidade do acesso ao local aos moradores, trabalhadores e frequentadores que fizessem cadastro prévio. Ou seja, poderiam também explorar a entrada de turistas para a cidade, porque os únicos acessos passam pelo parque.

A Justiça Federal entendeu que a cobrança “manifesta ofensa ao Pacto Federativo”. A decisão considerou que o cerco à vila e cobrança de ingresso a visitantes, além da necessidade de cadastro de moradores junto à empresa concessionária, interfere indevidamente na gestão do território municipal e na livre circulação de pessoas dentro do território nacional.

“Essa decisão é um grande passo por uma vitória. Tivemos um processo antes da concessão, de audiências públicas, reuniões com a comunidade, e, em nenhum momento, fomos informados que quem viesse para Jericoacoara ia ser cobrado. Nesse caso, a concessionária não poderia implementar uma cobrança para quem fosse para Jericoacoara”, celebrou o prefeito.

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