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Desconhecida tentou visitar em hospital mulher envenenada por açaí

A família das vítimas de envenenenamento com açaí no Rio Grande do Norte — Geisa de Cássia, de 50 anos, e a bebê Yohana Maitê, de 8 meses — revelou ao Metrópoles que uma desconhecida tentou visitá-la no hospital pelo menos três vezes.

Ao se identificar como Ana Paula, ela teria insitido para conseguir o encontro. A reportagem entrou em contato com o Hospital Regional Alfredo Mesquita Filho, onde Geisa de Cássia está internada, porém, até o momento, não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.

Geisa e Yohana foram envenenadas com um açaí, de acordo com a polícia. A mulher sofreu intoxicação e chegou a ficar duas semanas internada em estado grave na unidade de terapia intensiva (UTI). Ela segue na enfermaria do hospital. A bebê, que era prima de segundo grau e sobrinha postiça de Geisa, morreu no mesmo dia em que comeu a sobremesa.

O açaí foi entregue por um motoqueiro na casa das vítimas entre 13 e 15 de abril. No total, Geisa ganhou três presentes anônimos em três dias: um urso rosa com chocolates e um bilhete com a frase: “Depois que te perdi foi que percebi que te amo”; bombons; e três açaís com granola.

A família desconfia de que um dos ex-namorados da mulher pode estar envolvido no envenenamento.

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Bebê Yohana Maitê Filgueira Costa, de 8 meses, que morreu depois de comer o açaí

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Geisa de Cássia Tenório Silva, de 50 anos

Cedido ao Metrópoles

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Bebê Yohana Maitê Filgueira Costa, de 8 meses, que morreu depois de comer o açaí

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Linha do tempo

  • Domingo, 13/4: Geisa de Cássia recebe um urso rosa com alguns chocolates e o bilhete de amor por meio de um motoqueiro. Ela pensou ter sido presente de algum ex-namorado e comeu os doces.
  • Segunda-feira, 14/4: Geisa recebeu o segundo presente, um pote de 200 ml de açaí, que vem com granola na própria tampa, vendido em supermercados, e alguns chocolates. A mulher guardou a sobremesa no freezer e pela noite decidiu comer. Ela dividiu o açaí com Yohana, de 8 meses. Cerca de 40 minutos depois a criança passou mal, foi levada para uma UPA e veio a óbito. Geisa também passou mal, mas a família acreditou que se tratava de “algo emocional” relacionada a morte da bebê.
  • Terça-feira, 15/4: no horário do almoço, enquanto a família estava reunida resolvendo os tramites legais do velório da bebê, chegou, novamente, um entregador com mais um “presente”: dois potes de açaí com granola. Cerca de 15 minutos depois de ter ingerido a sobremesa, Geisa voltou a passar mal e dessa vez foi levada para uma UPA. A mulher precisou ser entubada. Até então a família não desconfiava do envenenamento, mas com o caso de intoxicação a equipe médica acionou a polícia.
  • Quarta-feira, 16/4: Yohana Maitê Filgueira Costa, de 8 meses, foi enterrada no cemitério do Bom Pastor II. No laudo de óbito de Yohana Maitê, fornecido pelo hospital Giselda Trigueiro, não há causa da morte, pois os médicos trabalhavam com a hipótese de engasgo.

Ao Metrópoles Yago Smith Silva de Andrade, filho de Geisa, detalhou a tentativa de visita da desconhecida ao hospital onde está Geisa.

“Identificou-se como Ana Paula, conversei com minha mãe e ela não conhece ninguém com esse nome. Nós não temos nenhum familiar com esse nome”, revelou Yago. “Essa Ana Paula também falou que estava grávida, acredito que tenha dito isso para poder ter acesso ao hospital, já que lá também é maternidade.”

A mulher teria ido ao hospital com o objetivo de visitar Geisa pelo menos três vezes. Quando questionado se sabia do que se tratava o motivo da visita ou o conteúdo da possível conversa, Yago negou e disse que ela “só tentou entrar no hospital alegando que queria ver a minha mãe”.

Geisa de Cássia recebeu alta na noite de terça-feira (29/5), após passar 15 dias internada na UTI. Ela segue internada na enfermaria do hospital e, até o momento, sem previsão de alta. A mulher foi desentubada, está acordada e volta a falar aos poucos. Yohana morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cidade da Esperança em 14 de abril.

A polícia, informou, em nota, que a investigação está em andamento e que ainda não é possível afirmar a causa da morte da bebê Yohana. “A criança ainda não foi submetida à necropsia pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP), o que impede a confirmação oficial do óbito”, destaca o texto.

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