• Home
  • POLÍTICA
  • esquema usava sentenças para fraudar crédito consignado

esquema usava sentenças para fraudar crédito consignado

A segunda fase da operação Retomada investiga fraudes que atingiram cerca de 100 mil aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em todo o país. A apuração é do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU).

O grupo suspeito inclui um magistrado, advogados, servidores públicos e dirigentes de associações fictícias. Segundo a CGU, as irregularidades ocorriam a partir da comarca de Gurinhém, na Paraíba.

Leia mais: “Fraude no INSS: governo vê CMPI como inevitável”

Decisões judiciais manipuladas promoviam suspensão de descontos referentes a empréstimos consignados já lançados nos contracheques das vítimas. A prática liberava margem para novos contratos de crédito, firmados com intermédio das associações fraudulentas.

A investigação já identificou 11 entidades de fachada, responsáveis por 230 ações coletivas no Estado. O valor total dos descontos indevidos chega a R$ 126 milhões. As decisões judiciais também removiam registros negativos de crédito, o que permitia novos empréstimos.

YouTube video

Outro foco das fraudes contra os aposentados do INSS eram ações na Justiça contra programas de fidelidade de companhias aéreas. O grupo reativava créditos expirados ou alterava contratos para obter vantagens indevidas.

Fraudes no INSS: envolvidos ajuizavam ações em varas específicas

De acordo com o Gaeco, os servidores e advogados envolvidos no esquema fraudavam registros de sócios em associações fantasmas. Essas entidades ajuizavam ações em varas específicas que favoreciam o grupo.

Eram os advogados que controlavam as entidades. Segundo os promotores, eles “aliciavam aposentados e pensionistas, especialmente os mais vulneráveis, induzindo-os à assinatura de termos de adesão que, na prática, encobriam contratos de mútuo com juros abusivos, disfarçados de mensalidades para serviços inexistentes”.

+ Leia mais notícias de Política em Oeste

Com base nesses documentos, o grupo ajuizava ações em comarcas onde tinha influência. “As decisões, prolatadas em tempo recorde, baseavam-se em documentação forjada, conferindo aparência de legalidade aos descontos indevidos”, diz o Gaeco. “Em muitos casos, as vítimas sequer tinham ciência da existência das ações, tomando conhecimento apenas quando seus proventos eram atingidos.”

Leia também:

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Samir Xaud responde por fraude e é cotado para assumir CBF

Samir Xaud, potencial candidato às eleições para presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), responde…

Chefão do PCC foi preso ao renovar registro de estrangeiro na Bolívia

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, informou neste sábado (17/5) que a prisão…

São Paulo x Grêmio tem homenagens aos familiares de Mano Menezes

Palco do duelo deste sábado (17) entre São Paulo e Grêmio, válido pelo Brasileiro 2025,…