O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) decidiu nesta terça-feira (8/4) reverter a decisão de primeira instância que tornava o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) inelegível por oito anos.
Após a decisão, Ronaldo Caiado divulgou uma nota afirmando que recebeu o resultado com “respeito e tranquilidade” e reafirmou seu compromisso com a legalidade. “Minha trajetória é de absoluto respeito às leis do nosso país e seguirei sempre neste caminho”, declarou.
Por unanimidade, os sete desembargadores aceitaram o recurso apresentado pela defesa do governador, o que permite que ele continue apto a disputar eleições, incluindo a Presidência da República em 2026, para a qual lançou sua pré-candidatura na última sexta-feira (4/4).
A condenação anterior havia sido motivada por um processo de abuso de poder político. Segundo a acusação, Caiado utilizou o Palácio das Esmeraldas, sede do governo estadual, para promover encontros políticos em favor do então candidato à Prefeitura de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), que acabou eleito.





Caiado lança pré-candidatura à Pesidência da República em Salvador (BA)
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Ronaldo Caiado, pré-candidato à presidência da República
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Ronaldo Caiado
Millena Marques/Metrópoles
Millena Marques
Millena Marques
Prefeito de Salvador, Bruno Reis, discursa em lançamento de preé-candidatura de Ronaldo Caiado à Presidência da República
Millena Marques/Metrópoles
Caiado lança pré-candidatura à Pesidência da República em Salvador (BA)
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De acordo com a decisão original, o governador teria reunido vereadores, suplentes e lideranças políticas durante jantares oficiais, pedindo apoio à candidatura de Mabel nas Eleições Municipais de 2024. A mesma decisão que condenou Caiado também cassou o mandato de Mabel.
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Entretanto, ao julgar o recurso, os desembargadores do TRE-GO entenderam que os eventos não tiveram impacto determinante sobre o resultado das urnas. O Ministério Público Eleitoral (MPE) também se manifestou a favor da anulação da condenação.
Apesar da decisão favorável ao governador, o caso ainda pode ser levado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que poderá dar uma palavra final sobre a elegibilidade de Caiado. A ação foi movida pela coligação de Fred Rodrigues (PL), candidato derrotado no segundo turno da eleição municipal em Goiânia.