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Líderes do Centrão indicaram a Motta que apoio à anistia foi inflado

Nas conversas que levaram Hugo Motta (Republicanos-PB) a decidir por segurar o projeto de anistia aos envolvidos do 8 de Janeiro, líderes do Centrão argumentaram ao presidente da Câmara que o apoio dos seus partidos à proposta foi inflado. Os caciques dessas siglas indicaram que deputados das suas bancadas apoiaram o requerimento de urgência do texto por pressão, mas não gostariam de fato vê-lo pautado em plenário.

Como mostrou o Metrópoles, os líderes da Câmara chamaram para si a responsabilidade de travar o avanço da anistia ao 8 de Janeiro. Na reunião desta quinta-feira (24/4), somente as lideranças do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e do Novo apoiaram a análise do pedido de urgência. Os representantes do Centrão se alinharam à base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), isolando a oposição, que, contrariada, ameaça retaliação.

Os líderes do Centrão avisaram que alguns dos liderados, a despeito de terem o nome na lista de apoiadores do requerimento de urgência da anistia, os procuraram pedindo para travar o tema. Os cabeças do Congresso consideram que uma eventual análise da proposta em plenário acirraria os ânimos da Câmara e travaria o andamento de outros projetos importantes, de ordem econômica e social.

Outro temor dos caciques da Câmara é de que, caso a urgência da anistia fosse pautada e aprovada, uma nova crise com o Supremo Tribunal Federal (STF) poderia ser instaurada. Nesse sentido, líderes do Centrão afirmaram, nos bastidores, ter disponibilidade para analisar um texto que não promova perdão amplo, garantindo cumprimento de eventuais condenações contra quem orquestrou o 8 de Janeiro e a suposta tentativa de golpe.

“Especificamente sobre o tema da urgência da anistia, foi decidido pelo adiamento da pauta desse requerimento. Isso não está dizendo que nós não seguiremos dialogando pela busca de uma solução para o problema. Tenho que, enquanto presidente, decidir a pauta. A pauta é um dever do presidente”, explicou Motta à imprensa.

Parlamentares relataram que o presidente da Câmara consultou os líderes na noite dessa quarta-feira (23/4), logo após o jantar com o presidente Lula. Foi quando os chefes das bancadas avisaram que chamariam para si a responsabilidade por travar a anistia. Avisaram que votariam contra a análise do texto na reunião desta quinta, salvaguardando Motta para decidir por não pautá-lo.

Rebelião pela anistia

A decisão de Motta irritou o PL, e a legenda ameaça com rebelião. Como mostrou o Metrópoles, Sóstenes Cavalcante se insurgiu contra Motta e anunciou algumas reações.

Ainda na quarta, Sóstenes ameaçou que, se o presidente da Câmara não pautasse a urgência da anistia, haveria um rompimento com o maior partido da Casa. Também afirmou que a sigla, caso contrariada, monopolizaria todas as emendas de comissão.

Na quinta, após a reunião, o líder do PL afirmou que entraria em obstrução, e tentaria impedir votações no plenário principal e também nas comissões temática. Da última vez, o partido conseguiu segurar análises nos colegiados, mas foi não conseguiu obstruir as votações principais.

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