O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou o procurador federal Gilberto Waller Júnior como o novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O ato será publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União.
A nomeação foi assinada pela ministra-chefe substituta da Casa Civil, Miriam Belchior. Tradicionalmente, a nomeação do presidente do INSS cabe ao ministro da Previdência Social, cargo hoje ocupado por Carlos Lupi.
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Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, Waller Júnior tem pós-graduação em Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro. Ele entrou no INSS como procurador em 1998 e ocupou os cargos de corregedor-geral de 2001 a 2004 e subprocurador-geral de 2007 a 2008.
Waller também trabalhou na Controladoria-Geral da União (CGU), onde ocupou o cargo de ouvidor-geral da União de 2016 a 2023. Atualmente, é corregedor da Procuradoria-Geral Federal, órgão da Advocacia-Geral da União (AGU).
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Polícia Federal revelou fraudes no INSS
O procurador federal assumirá o posto de Alessandro Stefanutto, demitido do cargo depois de uma operação da Polícia Federal revelar a existência de um esquema de fraudes no órgão entre 2019 e 2024, que descontou indevidamente contribuições de aposentados e pensionistas a entidades e organizações sociais.
No mesmo dia da operação, a Justiça Federal determinou o afastamento do diretor por omissão diante de denúncias de fraudes nos repasses às entidades. O presidente Lula determinou sua exoneração na mesma noite.

Desde a última quinta-feira, 24, a diretora de Orçamento, Finanças e Logística do INSS, Débora Aparecida Floriano, ocupava a presidência interina da autarquia. Além de Stefanutto, a Justiça determinou o afastamento de cinco servidores do órgão, que também foram demitidos.
Na terça-feira, 29, o juiz Frederico Botelho de Barros Viana, da 15ª Vara Federal Criminal de Brasília, autorizou a quebra de sigilo telemático de Stefanutto. Segundo o magistrado, o fim do sigilo permite o aprofundamento das investigações do esquema de descontos em aposentadorias e pensões.
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