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Mauro Vieira contradiz Lula sobre convite a autoridade chinesa

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta terça-feira, 20, que o governo Lula não convidou autoridades chinesas ao Brasil para discutir a regulação de redes sociais, especialmente o TikTok. A declaração contraria a fala do próprio presidente, que disse ter pedido ao líder chinês Xi Jinping para enviar “uma pessoa de confiança” ao país para tratar o assunto.

A declaração de Vieira responde a uma pergunta do senador Sergio Moro (União-PR) na Comissão de Relações Exteriores do Senado, sobre o episódio em que a primeira-dama, Janja, tomou a palavra durante um jantar oficial em Pequim para criticar o TikTok. 

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De acordo com Vieira, Lula pediu que Janja colaborasse na discussão, mas negou a existência de um convite formal a autoridades chinesas. “Não houve convite para nenhuma autoridade chinesa vir, isso não há.”

Janja, Lula, Xi Jinping e Peng Liyuan, durante uma reunião em Pequim | Foto: Ricardo Stuckert/ Presidência da República
Janja, Lula, Xi Jinping e Peng Liyuan, durante uma reunião em Pequim | Foto: Ricardo Stuckert/ Presidência da República

As críticas de Janja se concentraram nos efeitos nocivos de conteúdos nas redes sociais, especialmente sobre crianças e adolescentes. Ela também alegou que o algoritmo da plataforma favorece conteúdos de direita, conforme reportagem do portal g1. 

Em Pequim, Lula declarou que ele próprio levantou o tema da regulamentação com Xi Jinping antes de Janja falar. O petista disse que Janja começou a falar apenas depois de ele pedir a vinda de uma autoridade chinesa para debater a questão. 

“A Janja pediu a palavra para explicar o que está acontecendo no Brasil, sobretudo contra as mulheres e as crianças”, afirma Lula. 

Ministro de Lula defende regulação das redes sociais

Mauro Vieira, que estava presente no jantar, relatou que o presidente fez menção ao tema das regulamentações e que pediu auxílio de Janja no tema, conforme noticiado pelo jornal O Estado de S. Paulo

“Foi dito o seguinte: não é possível que se deixe que em plataformas digitais que haja a divulgação de temas de pornografia, pedofilia e dos famosos desafios que correm nas redes digitais, que levaram à morte de uma criança de 8 anos há pouco tempo em Brasília por um desafio de inalar desodorante”, disse o ministro. 

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Aplicativo Tik Tok é suspeito de estar às ordens do Partido Comunista da China | Foto: DIVULGAÇÃO/FLICKR

O episódio ganhou repercussão por ter supostamente quebrado o protocolo diplomático e causado constrangimento nas delegações presentes. Janja se defendeu durante um evento do Ministério dos Direitos Humanos nesta segunda-feira, 19. 

A primeira-dama afirma ter aproveitado a ocasião para tratar da violência sexual contra crianças e dos perigos das redes sociais. “Não há protocolo que me faça calar se eu tiver uma oportunidade de falar sobre isso com qualquer pessoa que seja.”

Durante a audiência, Vieira defendeu a regulação das plataformas digitais, mas afirmou que o Brasil só deve discutir o tema com a China depois de estabelecer suas próprias regras. “Tem que haver algum tipo de controle. Não se pode deixar, afinal de contas, as plataformas que veiculam isso têm que ter algum tipo de responsabilidade.”

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