O senador Sergio Moro (União-PR) criticou a recente declaração do ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) sobre o asilo diplomático concedido à Nadine Heredia nesta última semana. A ex-primeira-dama do Peru foi condenada a 15 anos por corrupção.
Mauro Vieira disse à GloboNews alegou que foi o responsável por conceder o benefício à ex-primeira-dama do Peru. O chanceler esclareceu que Lula teve conhecimento prévio do asilo político.
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“O chanceler Mauro Vieira ofende a inteligência dos brasileiros e do Congresso ao mentir na TV que a concessão do asilo à corrupta Nadine Heredia foi sua iniciativa e que os motivos são humanitários”, escreveu Moro no seu perfil oficial no X.
O chanceler Mauro Vieira ofende a inteligência dos brasileiros e do Congresso ao mentir na TV que a concessão do asilo à corrupta Nadine Heredia foi sua iniciativa e que os motivos são humanitários.
— Sergio Moro (@SF_Moro) April 19, 2025
Na entrevista, Mauro argumentou que o asilo diplomático foi concedido “porque estava absolutamente dentro das normas e dos padrões estabelecidos na Convenção [de Caracas] e na legislação internacional”.
“Ela foi recentemente operada por uma questão grave de coluna vertebral, está em recuperação, precisa continuar em tratamento, e estava acompanhada de um filho menor”, disse. “O marido condenado está detido e, portanto, o filho menor também estaria abandonado ou desprotegido. Foi com base em critérios humanitários.”

Uso de avião da FAB para buscar a ex-primeira-dama do Peru
Ainda na entrevista, Mauro Vieira justificou o uso de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar a Nadine Heredia ao Brasil por questões de segurança e agilidade.
“O avião da FAB existe para servir ao governo brasileiro em ações dos mais diferentes aspectos, das mais diferentes motivações”, disse. “Nesse caso específico, foi a única forma em que havia de retirá-la com segurança e rapidez do país, com a concordância do governo peruano.”


O chanceler afirmou que outras possibilidades de transporte foram descartadas. “Não havia a possibilidade que ela viajasse por terra, por mar ou mesmo por avião, e o interesse era de retirar de lá no mais curto prazo possível”, relatou. “Por isso foi feito por um avião da Força Aérea Brasileira.”
Vieira destacou que, depois da autorização do Peru, a responsabilidade pelo transporte era do Brasil. “A nossa parte, tendo solicitado justamente a vinda dela ao Brasil, como exilada diplomática, nós tínhamos que fornecer”, revelou. “Temos obrigação, pelas convenções, de fornecer o transporte.”