Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliaram que a citação do ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), não foi ideal, mas suas ações “justificaram a decisão”. Quatro magistrados afirmaram que, ao realizar uma transmissão ao vivo na terça-feira 22, à noite, Bolsonaro teria se colocado nessa situação. A informação é do jornal O Globo.
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Durante a live, ele mencionou a retirada da sonda nasogástrica e a previsão de alta hospitalar na segunda-feira 28. Conforme os ministros, essas informações são fatores que contestam o impedimento do Código de Processo Penal para citar doentes graves.
Depois da transmissão ao vivo, o ministro Alexandre de Moraes determinou que Bolsonaro recebesse a notificação sobre o processo penal por supostos crimes de tentativa de golpe de Estado e a intimação para apresentar sua defesa em cinco dias.
Atividades de Bolsonaro na UTI

Os quatro ministros que responderam ao jornal consideram que, ao fazer uma live da UTI, conceder entrevista a empresas de mídia e receber visitas de personagens políticos, como Silas Malafaia e Valdemar Costa Neto, Bolsonaro não se encaixa mais na situação prevista pelo Código de Processo Penal. Eles acreditam que o ex-presidente mostrou estar consciente e apto para tais atividades.
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O ex-presidente passou por uma tomografia de tórax e abdômen nesta quinta-feira, 24, no Hospital DF Star, em Brasília. Internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ele apresentou piora clínica, segundo o boletim divulgado pela equipe médica.
A casa de saúde revelou que elevação na pressão arterial e alterações em exames hepáticos como os principais fatores que motivaram os novos testes. Um vídeo divulgado mostra Bolsonaro ao ser submetido ao exame de imagem.