O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o diretor do Hospital Samaritano, em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, preste informações sobre o estado de saúde de Roberto Jefferson.
O pedido do ministro é também para saber da possibilidade de o ex-deputado federal retornar ao presídio de Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na zona oeste da capital fluminense.
Entenda
- Roberto Jefferson está preso em um hospital particular desde julho de 2023.
- Moraes quer informações sobre o estado de saúde do presidente de honra do PTB.
- Pedido é para saber se há possibilidade de Jefferson retornar à prisão.
Jefferson está internado no hospital particular desde julho de 2023, após sofrer uma queda na cela e apresentar suspeita de traumatismo craniano.
Recentemente, ele obteve uma decisão da Justiça Federal autorizando a transferência para prisão domiciliar devido a riscos à saúde. No entanto, um mandado de prisão expedido por Moraes mantém Jefferson detido.
Na decisão, assinada nesta sexta-feira (11/4), Moraes estabelece o prazo de 48 horas para que o hospital informe o atual estado de saúde do ex-parlamentar, além de esclarecer se há possibilidade de desinternação e retorno ao sistema prisional. Antes da internação, ele cumpria pena em presídio comum.




Roberto Jefferson, ex-aliado de Jair Bolsonaro, foi preso após atirar contra agentes da PF
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Roberto Jefferson está preso desde outubro do ano passado
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Ex-deputado Roberto Jefferson
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Ex-deputado federal e presidente nacional afastado do PTB, Roberto Jefferson, que esteve com Lula na época do Mensalão, com Alckmin em 2018 e agora apoia Bolsonaro
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Jefferson em sua residência em Levy Gasparian, em 2013
Preso
O ex-deputado federal e presidente de honra do PTB está preso desde outubro de 2022, após atirar cerca de 50 vezes contra quatro policiais federais que foram até sua casa para cumprir um mandado de prisão expedido por Alexandre de Moraes.
Na ocasião, foram apreendidas armas de fogo e mais de 8 mil munições na residência. Jefferson foi acusado por posse ilegal de armas e munições, posse de três granadas adulteradas, resistência qualificada e tentativa de homicídio contra os agentes federais.
Em dezembro do ano passado, foi condenado a nove anos de prisão por incitação ao crime, tentativa de impedir o exercício dos Poderes e pelos crimes de calúnia e homofobia. A decisão foi tomada em sessão virtual do Plenário do STF, a partir de denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).