Morre Newton Cardoso, ex-governador de Minas Gerais

Newton Cardoso, ex-governador de Minas Gerais, morreu na madrugada deste domingo, 2, aos 86 anos, em Belo Horizonte, onde estava internado desde sexta-feira, 31. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos.

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Natural de Brumado, no Sul da Bahia, ele era divorciado e deixa quatro filhos. Figura polêmica, de destaque na política mineira, sua trajetória também inclui, entre outras, passagens pela prefeitura de Contagem e pelo Congresso Nacional.

Ele era conhecido como Newtão e, em Minas Gerais, como Trator. Isto porque era corpulento e tinha um estilo firme de administrar. Governou o Estado de 1987 a 1991.

Realizou obras importantes, entre as quais o sistema de capacitação de água do Rio Manso e a construção das hidrelétricas de Nova Ponte e Miranda.

Uma das medidas que ilustram seu estilo direto foi a venda de cerca de 1.500 veículos do governo para a compra de mais de 500 ambulâncias.

Anos depois, ele exerceu o cargo de vice-governador de Minas entre 1999 e 2002, no governo de Itamar Franco (1930-2011).

Um de seus filhos, Newton Cardoso Jr., seguiu a carreira política do pai. Atualmente exerce a função de deputado federal, pelo MDB. Ele prestou homenagem ao pai em suas redes sociais.

A trajetória de Newtão

Empresário dos setores agropecuário e siderúrgico, Cardoso foi casado com Maria Lúcia Cardoso, ex-prefeita de Pitangui e ex-deputada federal. O divórcio, em 2008, depois de 30 anos de casamento, foi turbulento.

Cardoso passou toda a sua adolescência em sua cidade natal. Filho de Ápio Cardoso Paixão e Adélia da Silva Paixão (Dona Desinha), sua trajetória mudaria ao ser acolhido pela Magnesita, uma empresa de refratários (materiais capazes de resistir a altas temperaturas), por meio da intermediação de sua mãe.

Mudou-se então para Contagem, para atuar em uma das sedes da empresa. A nova experiência, aos 16 anos, representou uma grande virada na vida dele: ganhou não apenas um emprego, mas também uma bolsa de estudos. Foi na Magnesita que Cardoso iniciou sua jornada como comerciante industrial.

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Formou-se ainda em Administração Pública (Universidade Federal de Minas Gerais), Sociologia Política (Universidade Federal de Minas Gerais) e Direito (Pontifícia Universidade Católica).

Não dá para separar o viés político, de se comunicar e se relacionar, destas novas descobertas. A profissão e a vocação eram quase uma coisa só. Cardoso, então, presidiu a União Colegial de Minas Gerais e fundou a Casa do Estudante.

Nos anos 1960, ingressou no Partido Republicano, fundado por Artur Bernardes (1875-1955), ex-presidente do Brasil, em 1945. Depois do golpe militar de 1964 e o fim dos partidos políticos, tornou-se um dos fundadores do MDB, em 1966, legenda que, em 1980, passou a se chamar PMDB e voltou a ser MDB em 2017.

Cardoso permaneceu no MDB desde sua fundação. Depois de deixar o cargo de vice-governador em 2002, dedicou-se à administração de seus negócios. Apareceu em público pela última vez no velório do ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, no Palácio da Liberdade, em junho de 2023.

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