Durante audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, 28, o ministro Alexandre de Moraes interrompeu e repreendeu uma testemunha que prestava depoimento no processo sobre a suposta tentativa de golpe de 8 de janeiro.
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Ex-secretário-executivo do Ministério da Justiça, Antônio Ramirez Lorenzo relatava nunca ter escutado a expressão “golpe” durante sua atuação no governo, quando recebeu uma advertência do magistrado. Moraes enfatizou que opiniões sobre a existência ou não de tentativa de golpe não eram relevantes para o julgamento.
“Se o senhor acha ou não que teve golpe, realmente isso não é importante para a Corte”, afirmou o magistrado.
Lorenzo estava presente como testemunha de defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e um dos réus na ação penal sobre o 8 de janeiro. O “núcleo 1”, o qual compõe, é formado por Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto
Moraes ouve sobre atuação nas eleições de 2022
Na audiência, Lorenzo também declarou que Anderson Torres orientou o combate a crimes eleitorais nas eleições de 2022, sem direcionamento para qualquer candidato. “O objetivo era o combate a ações ilícitas nas eleições e muitas vezes dissuasória, não por um resultado efetivo de prisões”, explicou. “Em nenhum momento houve qualquer tipo de direcionamento. Realmente era para o crime.”
Indagado por Moraes sobre críticas feitas em redes sociais aos ministros Flávio Dino e Luís Roberto Barroso, Lorenzo admitiu arrependimento. “Desses casos, eu me arrependo, porque são opiniões pessoais que eu deveria guardá-las comigo e não colocá-las em redes sociais”, afirmou à Corte.
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