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O Brasil não tem culpa de nada — a corrupção está nas pessoas

Na Edição 268 da Revista Oeste, o economista Ubiratan Jorge Iorio analisa os recentes escândalos de corrupção no país, com foco na fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e no sentimento de desânimo que essas notícias provocam na população.

No texto, Ubiratan destaca que, novamente, o governo Lula cruzou os braços em vez de demitir toda a cúpula dos ministérios envolvidos, devolver imediatamente o dinheiro aos lesados e ordenar uma investigação.

Para o economista, a maioria dos brasileiros é formada por pessoas honestas, e a indignação popular diante da corrupção sempre esteve presente. A Operação Lava Jato, segundo ele, é uma prova histórica dessa insatisfação constante.

“O inacreditável esvaziamento daquela operação, com a “descondenação” e a soltura de várias pessoas comprovadamente corruptas, certamente é um dos motivos de desencanto do brasileiro- padrão com o seu país”, afirma o economista.

Leia um trecho do artigo de Ubiratan Jorge Iorio sobre a corrupção no Brasil

A verdade é que “o Brasil” não tem culpa de nada. O país não tem como ser bagunçado ou arrumado, indecente ou decente, vagabundo ou operoso, licencioso ou regrado, esbanjador ou austero, corrupto ou honesto. Simplesmente porque todos esses atributos — os bons e os maus — são exclusivos de pessoas, nunca de países, cidades e continentes. Mesmo se todos os habitantes de um país, cidade ou continente forem corruptos, não poderemos dizer que esse país, cidade ou continente “é corrupto”, porque somente indivíduos o podem ser.

Portanto, a impunidade geral que vem prevalecendo no Brasil não pode ser atribuída ao país. Indivíduos são os legisladores responsáveis por leis inadequadas, os juízes que eventualmente as interpretam, os intelectuais que romantizam o crime, e os jornalistas que agem como defensores de um governo medíocre. […] A corrupção é apenas uma das diversas manifestações de um mal maior, de uma doença mais profunda – a devastação nos princípios, valores e instituições que caracterizam uma sociedade livre e virtuosa, provocada pelo relativismo moral. À medida que se afasta dos valores transcendentais e da tradição herdada de gerações passadas, a civilização moderna está assumindo a própria desumanização.

A questão fundamental a ser enfrentada pelos que desejam a reversão do quadro de deterioração política, econômica e cultural em que está mergulhada a civilização é de natureza essencialmente moral. Os paradigmas da política e da economia precisam ser mudados radicalmente, mas isso só poderá dar resultados se as mudanças respeitarem o que a tradição da transcendência sempre ensinou.

A corrupção é apenas uma das diversas manifestações de um mal maior, de uma doença mais profunda | Foto: Shutterstock

O artigo “Tamanho do Estado e corrupção” está disponível a todos os mais de 100 mil assinantes da Revista Oeste. Gostou? Dê uma olhada no conteúdo abaixo.

Revista Oeste

A Edição 266 da Revista Oeste vai além do texto de Ubiratan Jorge Iorio. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de J.R. Guzzo, Tiago Pavinatto, Silvio Navarro, Alexandre Garcia, Guilherme Fiuza, Ana Paula Henkel, Silvio Navarro, Cristyan Costa, Deborah Sena, Carlo Cauti, Isabela Jordão, Brendon O’Neill, Jeffrey A. Tucker, Adalberto Piotto, Roberto Motta, Dagomir Marquezi e Daniela Giorno.

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