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O que dizem os líderes do Centrão sobre apoio das bancadas à anistia

Parte dos caciques do Centrão confirmam os números divulgados pelo PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, que indicam um apoio de 309 deputados ao projeto de anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro. O patamar é superior aos quórum de 257 votos para aprovação da proposta, mas sua análise em plenário depende da pauta definida a ser definida pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB) nesta terça-feira (1/4).

Como mostrou o Metrópoles, a lista de apoios divulgada pelo PL conta 68% das bancadas do Centrão, grupo de partidos que possui ministérios no governo Lula, mas não necessariamente segue as orientações do Planalto. O presidente da República é publicamente contrário à ideia de anistiar os manifestantes que atacaram as sedes dos Três Poderes pedindo intervenção militar.

No União Brasil, Republicanos e PP, que na lista divulgada pelo PL constam com apoios de 80% a 95% das bancadas, a avaliação bate com a das lideranças ouvidas pela reportagem. No MDB e no PSD, os caciques colocam em dúvida os números apresentados pelo partido de Bolsonaro. Pela planilha bolsonarista, 40% dos emedebistas apoiariam o texto, enquanto entre os sociais-democratas esse índice chega a 80%.

Dos 309 votos contabilizados pelo PL, 186 são do Centrão. Ou seja: sem o apoio de parte expressiva dos partidos que hoje são aliados ao governo Lula, os bolsonaristas não conseguiriam quórum para aprovar a proposta em plenário. Esse grupo, na semana passada, sequer conseguiu obstruir o plenário, para pressionar o Congresso a dar andamento à pauta.

O presidente da Câmara retornou de viagem esta semana, após um giro pela Ásia. Nesta terça, Motta precisará mediar a pressão dos bolsonaristas, que ameaçam tentar obstruir novamente os trabalhos da Casa se o projeto não for levado adiante. O PL e o Novo querem que um requerimento de urgência, que permitiria análise da proposta de anistia diretamente em plenário, seja pautado.

Em entrevista à Rádio Metrópoles, o 1º vice-líder da oposição, Sanderson (PL-RS), afirmou que esse é o único encaminhamento aceito pelo grupo. Antes, os bolsonaristas afirmaram que também aceitariam a criação de uma comissão especial para debater o tema. “Não aceitamos. Basta os partidos governistas não indicarem os membros para que o colegiado não saia do papel”, disse o parlamentar.

A promessa de uma comissão especial foi feita em 2024 pelo então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O parlamentar disse que criaria o colegiado para evitar que o assunto contaminasse a disputa pela sua sucessão. Motta foi eleito com apoio do PT e do PL, e ambos os lados afirmam ter o compromisso do parlamentar para travar e pautar a proposta.

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