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‘Pessoas estão com medo de falar’ diz vereador sobre CBF

A denúncia do vereador do Rio de Janeiro, Marcos Dias (Podemos-RJ), continua repercutindo na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Uma audiência na Justiça do Rio de Janeiro irá averiguar, nesta segunda-feira, 12, a situação de saúde e mental do coronel Antônio Carlos Nunes de Lima, ex-presidente da CBF.

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“Quero crer que com o Ministério Público indo a fundo nessa investigação, cada vez mais vai se tornando insustentável a manutenção do jeito que está a gestão da CBF”, afirma Dias a Oeste.

“São fatos muito graves, na verdade toda hora tem surgido algum fato novo. Neste final de semana, já fui procurado por outras duas pessoas, que inclusive ainda estão trabalhando na CBF, que estão só com medo de falar, mas já está bem adiantado a disposição de falar. O que a gente quer é que tudo seja esclarecido, que a paz volte a reinar na CBF.”

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Ednaldo marcou reunião presencial com todos os presidentes das federações estaduais na sede da CBF para tratar de um tema misterioso, na terça-feira, 13, dia seguinte ao da audiência. Há suspeitas de que aliados de Ednaldo estão insatisfeitos com a gestão.

Dias considera que a realização da audiência é uma demonstração de que o processo continua, mesmo depois de o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) ter negado pedido de deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e do vice presidente da CBF, Fernando Sarney, para invalidar o acordo que manteve Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF.

Surgiu a desconfiança de que, no documento, a assinatura do coronel Nunes foi falsificada, segundo laudo da perita Jacqueline Tirotti, encomendado pelo próprio vereador. Em nota, a CBF nega qualquer irregularidade e “reitera seu compromisso com a transparência, a legalidade e a boa-fé em todas as suas ações e decisões institucionais”.

Toda esta situação foi resultado de iniciativa de Dias que, como presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, havia denunciado a ocorrência de assédio moral na entidade.

No desdobramento, porém, Dias recebeu informações sobre o Termo de Ajuste de Conduta (TAC), firmado em 2022, que foi utilizado para a eleição de Ednaldo em 2022. Motivo de discórdia, o TAC levou partes que se consideraram prejudicadas a pedir o afastamento de Ednaldo, por meio do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), em dezembro de 2023.

Investigação sobre CBF

Ednaldo só recuperou o cargo depois de o ministro Gilmar Mendes, relator do caso no STF, anular a decisão do TJ-RJ, em janeiro de 2024.

Na investigação a respeito da conduta de Ednaldo, Dias foi informado sobre a suposta falsificação, já que, em 2025, Gilmar homologou o acordo para acabar com as discórdias em torno do TAC e dar estabilidade a Ednaldo, até surgir a denúncia da falsificação. Gilmar negou-se a voltar atrás na homologação, mas exigiu que o TJ-RJ apurasse a denúncia.

Leia mais: “Vereador diz que decisão do STF não encerra investigação na CBF”

“A importância dessa audiência aqui no Rio é justamente para cumprir a determinação do ministro do STF para constatar a veracidade da perícia”, prossegue Dias.

“Então você vê que o ministro negou os dois pedidos [de Daniela e de Sarney em Brasília], mas entendeu que é importante averiguar a veracidade da perícia e dos elementos constantes do lado pericial. Isso demonstra preocupação.”

Dias ressalta que, como presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, irá prosseguir na investigação. Para ele, todas as denúncias dizem respeito a uma coisa só: a gestão na CBF.

“A comissão está sempre pronta para ouvir a população nas opressões que ela sofre, em prol do respeito aos direitos humanos, à dignidade”, acrescentou o vereador. “Temos toda essa prudência, preservando as fontes, preservando cada história, mas tendo a responsabilidade na averiguação para que tudo seja elucidado.”

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