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PF pede mais 60 dias ao STF para apurar vendas no STJ

A Polícia Federal (PF) solicitou ao ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), a ampliação por mais 60 dias das investigações sobre supostos esquemas de corrupção dentro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A corporação afirma que o caso, inicialmente visto como troca isolada de minutas, revela agora uma rede “sofisticada e complexa” de venda de sentenças.

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No pedido, a Polícia Federal argumenta que os indícios surgidos nas quebras de sigilo e nos relatórios de inteligência financeira justificam a continuidade da apuração.

“Os trabalhos investigativos de análise financeira, ainda em andamento, revelaram indícios de fatos com potencial de alterar a profundidade das hipóteses criminais e, por consequência, com probabilidade de chancelar a competência do Supremo Tribunal Federal para a supervisão do Inquérito Policial”, informou a PF ao STF.

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As investigações miram lobistas, ex-servidores e desembargadores ligados a gabinetes dos ministros Paulo Moura Ribeiro, Isabel Gallotti, Og Fernandes e Nancy Andrighi. O processo corre sob sigilo no STF por envolver membros da Corte superior.

Em março, Zanin já havia autorizado a primeira prorrogação, por 45 dias. À época, os investigadores ainda analisavam material apreendido nas operações e dados bancários considerados suspeitos.

Lobista preso é figura central no esquema

Entre os nomes no centro da apuração estão o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves e sua mulher, a advogada Mirian Ribeiro Rodrigues. Ele permanece preso em unidade federal em Brasília. Em contrapartida, ela cumpre prisão domiciliar monitorada por tornozeleira eletrônica.

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Segundo a PF, Andreson operava um esquema de lavagem de dinheiro que envolvia contas de terceiros, saques em espécie e repasses disfarçados. Um dos beneficiários foi João Batista Silva, motorista que recebeu R$ 2,6 milhões da empresa do lobista entre 2019 e 2023.

O valor causa estranheza, já que Batista chegou a receber auxílio emergencial durante a pandemia. A PF acredita que ele tenha sido usado como “conta de passagem” para movimentar recursos de origem ilícita.

Ministros do STF defendem a manutenção da prisão

Em paralelo ao inquérito, o STF analisa um pedido da defesa de Andreson para transferi-lo da penitenciária federal para prisão domiciliar. Até o momento, três ministros da Primeira Turma — Zanin, Alexandre de Moraes e Flávio Dino — votaram contra o pedido.

Zanin destacou no voto que o lobista exercia “função decisiva” no suposto esquema e comandava uma rede que envolvia servidores, advogados e intermediários.

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“Sua atuação é demonstrada de forma veemente nos autos, revelando-se bastante indiciária sua função central no suposto comércio de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça”, disse o magistrado.

A PF também pediu ao STF a prorrogação das medidas cautelares em vigor contra os investigados, com base na gravidade dos fatos já apurados e na possibilidade de surgirem novos elementos que ampliem o escopo da investigação.

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