Davi Alcolumbre (União-AP) completa um mês do seu segundo mandato à frente do Senado Federal neste sábado (1º/3). O amapaense foi eleito com amplo apoio, unindo em prol de sua candidatura partidos antagônicos como o Partido dos Trabalhadores (PT), de Lula, e o Partido Liberal (PL), de Bolsonaro.
Como de praxe em anos anteriores, o primeiro mês do ano legislativo não teve grandes movimentações na Casa, que costuma iniciar de fato os trabalhos apenas depois do feriado de Carnaval. Ao contrário da Câmara dos Deputados, o Senado instalou as comissões permanentes e elegeu os novos presidentes, mas realizou apenas uma sessão plenária, que aprovou o pagamento de restos a pagar não processados, indicados desde 2019.
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Igor Gadelha
A conversa reservada de Lula e Alcolumbre no avião pós-jantar no Torto
Alcolumbre usou os primeiros dias da nova gestão para consultar os senadores sobre as prioridades de cada bancada e terminar de costurar os acordos para as presidências das comissões, iniciados ainda durante a campanha pela presidência. Também se dedicou a reforçar o compromisso com pautas do governo federal e em construir uma relação mais harmoniosa com o novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Depois de serem eleitos ambos com o apoio da maior parte dos partidos, os dois novos presidentes do Congresso Nacional têm reforçado o discurso em busca de pautas de consenso. Motta e Alcolumbre tentam controlar os embates entre governo e oposição e dispersar o debate de temas mais polêmicos, como a anistia para condenados por participação ou financiamento dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro.





VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
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Lula e Alcolumbre tiveram conversa reservada durante o voo
Alcolumbre tem 47 anos está no segundo mandato como senador. Antes, foi eleito deputado federal três vezes e vereador por uma legislatura em Macapá. Casado, é pai de dois filhos.
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Hugo Motta, Lula e David Alcolumbre no Planalto
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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre
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O senador amapaense também articulou o acordo entre os Três Poderes para destravar a liberação das emendas parlamentares, bloqueadas após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flavio Dino, que exigiu transparência e rastreabilidade. A solução do entrave é necessária para dar andamento à votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, que deveria ter sido concluída no ano passado.
Na última quarta (26/2), Dino homologou o plano de trabalho criado para resolver a situação. O plenário da Suprema Corte referendou a decisão do ministro.