A deputada Helena Lima (MDB-RR) decidiu retirar a assinatura do requerimento de urgência que visa a acelerar a tramitação do projeto de lei que concede anistia aos réus e aos condenados pelos atos do 8 de janeiro. Até a quinta-feira 10, o nome dela constava entre os 21 parlamentares do MDB que apoiavam a medida. No entanto, a lista atualizada no site da Câmara dos Deputados já não inclui a congressista entre os signatários.
Na segunda-feira 14, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da bancada do Partido Liberal (PL), protocolou o requerimento com as assinaturas já reunidas. A meta era alcançar 300 apoios antes de oficializar o pedido, mas o risco de deserções fez com que o parlamentar antecipasse o protocolo. Até aquele momento, o documento contava com 262 assinaturas.
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Nos bastidores do Congresso, aumentou a pressão sobre deputados de partidos com espaço no governo federal. A ordem era clara: impedir que siglas da base governista sustentassem um projeto que causa desconforto no Palácio do Planalto. O cerco mirou legendas como União Brasil, PP, Republicanos, PSD e MDB, que juntas respondem por mais da metade dos apoiadores do requerimento – 55,7% do total.
Com o protocolo oficializado, a retirada de apoio ao PL da Anistia ficou mais difícil
O incômodo do Planalto cresceu com a adesão do Podemos. Mesmo fora da Esplanada, o partido recebeu do governo o comando da Geap, plano de saúde dos servidores federais. Ainda assim, nove deputados da legenda aderiram ao pedido. Entre eles, a própria presidente do partido, Renata Abreu, autora da indicação para o cargo.
Com o protocolo oficializado, a retirada de apoio ficou mais difícil. Agora, os deputados precisam encaminhar um ofício por escrito à Câmara para cancelar a assinatura. A exigência aumenta o desgaste político e torna pública a mudança de posicionamento.
