Sidônio Palmeira assumiu a Secretaria de Comunicação Social (Secom) em 14 de janeiro de 2025, e, desde então, houve uma queda de 10% no engajamento das postagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas redes sociais. Os dados são de um relatório da consultoria Bites, em encomenda do jornal O Globo.
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Durante esse período, as publicações institucionais do governo registraram um aumento de 152,7% em interações, embora desempenho ainda seja abaixo das lideranças da direita.
A troca na Secom ocorreu depois de insatisfações com as estratégias de comunicação sob Paulo Pimenta. Nos primeiros 3 meses de Sidônio, Lula acumulou cerca de 26 milhões de interações, enquanto as contas governamentais somaram 4,65 milhões.
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Em comparação com seu oponente nas eleições de 2022, Jair Bolsonaro liderou o quesito, com 90 milhões de interações. Esse número é quase 20 vezes maior do que o do governo federal.
Desafios na popularidade de Lula

O diretor técnico da Bites, André Eler, observou que o aumento de interações nas contas governamentais não se refletiu na popularidade de Lula. Isso pode indicar dificuldades na gestão de Sidônio em ampliar o alcance das redes do presidente ou uma queda na imagem pública de Lula, que também teve menos postagens ao longo do ano passado.
Nomes da direita, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), viram um crescimento expressivo de interações, com aumentos de 84,1% e 50,6%, respectivamente.


Figuras do Executivo, como Lula, também registraram aumento. É o caso do ex-presidente Bolsonaro (PL), com alta de 34%, do governador de SP, Tarcísio de Freitas (67,4%); do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (64,6%); e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (17%).
Sidônio reconheceu falhas na comunicação do governo e destacou a importância de comunicar a “herança que encontrou” da gestão anterior, em referência à administração de Bolsonaro.
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O chefe da Secom defendeu o uso de mídias tradicionais como “complemento eficaz às redes digitais”. Ele afirmou que, embora a internet seja poderosa, mídias como rádio e TV ainda desempenham papéis significativos. A estratégia inclui o novo lema de março: “Brasil dando a volta por cima”.