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Sanderson denuncia perseguição e cobra votação da anistia

Durante entrevista concedida ao Estúdio Oeste nesta quinta-feira, 3, o deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) denunciou o que considera “atos de intimidação” promovidos por instituições aparelhadas pelo governo petista e alertou para a urgência da votação da anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

O deputado critica a “marcha autoritária” contra cidadãos inocentes e cita o caso da cabeleireira Débora dos Santos, condenada depois de pichar uma estátua durante os eventos de 8 de janeiro. “Foi uma escrita que foi retirada no dia seguinte”, destacou. “Condenada a 14 anos de reclusão e uma multa de R$ 30 milhões.”

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Segundo Sanderson, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), estaria em um jogo duplo. “Ele acendeu uma vela pra Deus e uma vela pro diabo”, comparou. “Agora, vai ter que prestar contas.”

O deputado ressaltou que, embora o presidente da Casa tenha o poder de pautar projetos, é inadmissível que ele barre temas relevantes como este. “Exigimos e precisamos que o presidente da Câmara coloque na pauta, na ordem do dia, o projeto de lei de anistia.”

“Não queremos saber como é que [Hugo Motta] vai votar”, defende o deputado. “Queremos apenas que ele coloque em votação todos os projetos que sejam de interesse público.”

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O deputado também denunciou a paralisia de propostas importantes no Congresso. Ele destacou a Proposta de Emenda Constitucional que acaba com o foro privilegiado, aprovada no Senado desde 2017, mas engavetada na Câmara: “Rodrigo Maia segurou dois anos, Arthur Lira por quatro”, recorda.

Se aprovada, a PEC acabaria com a jurisdição criminal do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele argumenta que, ao retirar essa competência da Corte, acabariam as perseguições políticas. “Essa jurisdição criminal serve para empoderar ministros e constrangerem deputados e senadores”, alega.

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Sanderson denuncia aparelhamento das instituições

Sanderson disse não ter dúvidas de que operações recentes da Polícia Federal são usadas para “intimidar e constranger”. “Isso não é a primeira vez que estão realizando”, recorda. “Com o petismo no poder, com a esquerda no poder, as instituições são aparelhadas. A AGU [Advocacia-Geral da União] é aparelhada até o último fio do cabelo.”

O deputado sugeriu que a Suprema Corte não é exceção. Um exemplo citado foi o caso da deputada Carla Zambelli (PL-SP), que segundo ele, teve seu julgamento “em tempo recorde”, mesmo não tendo cometido crime. “Ela tinha licença do Estado pra portar uma arma, e ela não atirou”, disse. “Ou seja, não tem crime algum.”

Para Sanderson, a responsabilidade por esse “estado de coisas desastrosas” recai sobre o Congresso. “O parlamento brasileiro é o responsável por esse estado de coisas”, diz. “Essas usurpações todas só acontecem porque o parlamento inteiro é covarde.”

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Sanderson é vice-líder da oposição na Câmara | Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Sanderson defendeu a pressão popular como forma de cobrar posicionamentos dos parlamentares: “Vamos encher a Avenida Paulista, botar lá mais de um milhão de pessoas”, convocou, em referência ao ato pela anistia neste domingo, 6. “Se for o caso, fazermos manifestações em todo o Brasil.”

Para ele, o centro político e os parlamentares autodeclarados conservadores precisam responder à sua base eleitoral: “Não é nem atender o interesse do Sanderson, nem do Bolsonaro”, disse. “Atenda o interesse do seu eleitor e os senhores já estarão fazendo justiça.”

Leia também: “A anistia inevitável”, artigo de Augusto Nunes e Branca Nunes publicado na Edição 255 da Revista Oeste

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