O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou ser favorável à instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o escândalo dos descontos em aposentadoria no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ele, porém, disse ter ressalvas, já que considera que as investigações coordenadas pelos parlamentares possam atrasar o ressarcimento das vítimas.
“Eu também, pessoalmente, sou a favor da CPMI. Porque acho que a sociedade merece essa resposta por parte do Parlamento”, afirmou a senadores nesta quinta-feira (15/5). “Mas eu tenho medo de que, instalada a CPMI, ela vire um palco político, atrase os ressarcimentos, que possa atrapalhar as investigações. É uma coisa que já aconteceu em outras vezes”, alertou.
O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) no Senado Federal, Rogério Carvalho (PT-SE), anunciou que a bancada apoiará a instalação do colegiado. Carvalho, entretanto, condicionou o apoio a todos os fatos serem investigados, independentemente de em qual governo tenham ocorrido.

Ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, chega à audiencia na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor. A oitiva será, principalmente, sobre o esquema de fraudes em descontos não autorizados por aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES
Ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz
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Ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, chega à audiencia e cumprimenta políticos como Sergio Moro
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Ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, no Senado
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Ministro da Previdência fala com a imprensa
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Ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz contando sobre o caso do INSS
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Ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, é ouvido na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal. A pauta da audiência é, principalmente, o esquema de fraudes em descontos não autorizados por aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
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Ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz
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A pauta da audiência é, principalmente, o esquema de fraudes em descontos não autorizados por aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
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“O PT vai assinar essa CPI, e nós vamos investigar, olhando na linha do tempo todos os fatos e todas as pessoas, como fizemos na CPI da Covid e na CPI do 8 de Janeiro”, destacou Rogério Carvalho, nesta quinta-feira (15/5).
A declaração ocorreu em sessão da Comissão de Fiscalização e Controle do Senado, em que o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, é ouvido sobre o escândalo que envolve o descontos indevidos em aposentadorias e pensões dos segurados do INSS e atinge milhões de pessoas. O esquema foi revelado em reportagens do Metrópoles.
Carvalho frisou que, para o PT apoiar a CPI, seria necessário mudar o fato determinado, ou seja, o recorte que justifica a instalação do colegiado. Ele disse ainda que não apoiará uma “CPI para fazer palanque político de um lado”.
Nesta semana, parlamentares de oposição protocolaram o pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os descontos ilegais.
A fraude no INSS
O esquema de fraudes no INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens iniciadas em dezembro de 2023, que levaram à instauração de inquérito pela PF para investigar as cobranças feitas por entidades registradas em nome de laranjas.