Dificuldades financeiras e operacionais afetam os serviços dos Correios, segundo denúncias do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba (Sintect-SP).
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Entre os principais problemas relatados estão atrasos em pagamentos de fornecedores, suspensão de abastecimento da frota e dificuldades no atendimento do plano de saúde dos empregados.
Douglas Melo, diretor do Sintect-SP, classificou a situação como um “colapso financeiro e operacional”. Ele relatou paralisações de motoristas terceirizados por falta de pagamento às transportadoras. Isso prejudicou centros logísticos em regiões como Jaguaré, Santo Amaro, Guarulhos e Cajamar, em São Paulo, e o complexo Benfica, no Rio de Janeiro.

“São toneladas de encomendas paradas, sem previsão de entrega. Não é só São Paulo que está com problemas”, afirmou Melo, ao jornal Folha de S.Paulo.
Respostas e medidas dos Correios diante da crise


O sindicato também apontou suspensão do abastecimento de veículos próprios em razão de inadimplência nos postos de combustíveis. Por outro lado, os Correios informaram que “a prestação dos serviços de transporte ocorre dentro da normalidade” e que mantém diálogo com parceiros logísticos para resolver pendências e garantir a continuidade das operações.
A empresa declarou ainda que promove ajustes na malha operacional, com ações corretivas e contingenciais, para regularizar prazos de entrega e minimizar impactos. Entre as medidas adotadas, estão operações extras nos fins de semana e monitoramento diário das entregas, com o objetivo de ampliar a capacidade de distribuição.
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Desde 30 de maio, os Correios passaram a atender aposentados e pensionistas do INSS. A estatal assumiu a função de receber pedidos de restituição de descontos indevidos de associações e sindicatos, já que o INSS não oferece canal presencial para esse serviço. Até terça-feira 3, mais de 300 mil beneficiários do INSS foram atendidos pelas agências em todo o país.
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