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Somos vistos como criminosos no STF’, diz advogado de coronel

O advogado Jeffrey Chiquini, responsável pela defesa do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, fez um desabafo nesta terça-feira, 20, durante entrevista exclusiva ao programa Oeste Sem Filtro. Ao responder a uma pergunta sobre o julgamento dos acusados de envolvimento na suposta tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023, Chiquini afirmou “que está difícil trabalhar no país da ‘democracia relativa’”. 

A fala do advogado relaciona-se principalmente a uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em junho de 2023, quando o presidente afirmou que o conceito de democracia é relativo. O petista respondia a uma interpelação sobre as eleições na Venezuela e o apoio de setores da esquerda ao regime do ditador Nicolás Maduro.

“Castelo de areia vai desmoronar”, afirma advogado

Chiquini disse que está difícil advogar no Brasil. Segundo ele, “a defesa incomoda” e é “vista como um problema”. Depois de reafirmar que a Polícia Federal, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF) não têm provas para condenar os réus, o defensor disse que os advogados são vistos como “criminosos”.

“Você vê dentro do plenário da Corte: tem mais seguranças do que advogados”, descreveu. “Tem algo errado. O representante da PGR se senta ao lado da presidência da Corte e nós, advogados, a metros dos ministros. Quando a gente levanta para se aproximar da tribuna, gera um clima desconfortável, com seguranças armados nos olhando como se fôssemos criminosos.”

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O advogado lembrou que, em determinado momento da sessão desta terça-feira, teve uma garrafa de água confiscada. “Puxei uma garrafa para tomar uma água”, afirmou. “Vieram e confiscaram a garrafa.”

Chiquini ainda disse que a postura do STF em insistir, por exemplo, no uso da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, demonstra a existência de um Estado totalitário. “E tem ministro que desdenha das provas que apresentamos”, afirmou, referindo-se a Alexandre de Moraes.

“O inquérito é papel. Papel aceita tudo, mas quando as pessoas, as testemunhas começarem a falar, vai mudar”

O defensor afirma, contudo, que muitos fatos ainda irão aparecer, principalmente quando chegar a fase das audiências. “Tem muito o que acontecer. Esse castelo de areia vai desmoronar”, disse o advogado. “O inquérito é papel. Papel aceita tudo, mas quando as pessoas, as testemunhas começarem a falar, vai mudar. Não querem que gravem as audiências porque sabem que esse castelo de areia não vai se sustentar.”

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