O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma auditoria para apurar gastos da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) na Expo 2025. O evento é realizado em Osaka, no Japão, de 13 de abril a 13 de outubro de 2025.
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A investigação foi anunciada durante sessão plenária nesta quarta-feira, 4. A iniciativa atendeu a solicitação do ministro do TCU Walton Alencar Rodrigues.
Questionamentos do TCU
A ausência de dados detalhados sobre os gastos motivou a apuração, conforme explicou o ministro. Rodrigues enfatizou que os detalhes deveriam estar disponíveis no portal da ApexBrasil.
“A auditoria deve ser realizada com a maior brevidade possível em vista da materialidade, relevância e risco existentes nos gastos públicos”, afirmou Rodrigues.
O TCU não divulgou valores exatos, nem estimou prazo para a conclusão do trabalho. Tampouco especificou quais procedimentos serão analisados no processo.
Objetivo do evento
A Expo 2025 é coordenada pela organização Bureau Internacional de Exposições. O objetivo do evento, segundo os organizadores, é fomentar soluções inovadoras e sustentáveis para desafios globais. O tema do evento é “Projetar a Sociedade Futura para as Nossas Vidas”.
Autoridades brasileiras já marcaram presença no evento. Em 24 de março, a primeira-dama Janja da Silva esteve em Osaka e acompanhou a equipe brasileira. Em abril, o presidente do STF, ministro Roberto Barroso, proferiu palestra no local.
Mudanças no projeto do pavilhão brasileiro
Em nota, a ApexBrasil reiterou que não foi notificada pelo TCU e esclareceu que, depois da licitação para o projeto do pavilhão brasileiro, precisou abandonar os trabalhos em virtude do custo elevado e do prazo inviável para conclusão da obra.

O governo japonês então se ofereceu para construir o pavilhão em novo formato, solução também adotada com outros países, o que permitiu redução de custos.
“A avaliação da área técnica da agência mostrou que, além do custo elevado, o cronograma tornava inviável a entrega da obra a tempo”, afirma a nota da ApexBrasil. “Diante desse cenário, o governo japonês se ofereceu para construir o pavilhão em um novo modelo, prática que também foi adotada em relação a diversos outros países.”
A agência informou ainda que convidou os arquitetos do projeto original a integrarem a equipe reformulada, mas eles optaram por não continuar. A ApexBrasil também afirmou que os pagamentos feitos pelos serviços prestados até a mudança, superiores a R$ 5 milhões, foram devidamente quitados.