A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus, na última terça-feira (6/5), por unanimidade, mais sete pessoas acusadas de tentativa de golpe de estado. O chamado núcleo 4 é acusado de organizar ações de desinformação para propagar notícias falsas sobre o processo eleitoral em 2022. Além de fazer pressão sobre as Forças Armadas para aderir ao suposto projeto de golpe.
Leia também
-
Brasil
Saiba quem, além de Bolsonaro, STF já tornou réu por trama golpista
-
Brasil
Núcleo 4: OAB se manifesta após STF liberar celulares em julgamento
-
Brasil
Fux diz que não está no STF ou em julgamento para enfrentar Moraes
-
Brasil
STF não vai alterar agenda de julgamentos no dia do ato pró-anistia
A PGR imputa ainda aos acusados do núcleo 4 a prática de ataques virtuais a instituições e autoridades. Segundo a PGR, os integrantes desse núcleo faziam “operações estratégicas de desinformação”. Com a análise da Corte acerca do núcleo 4, já são 21 réus no caso que apura suposta tentativa de golpe para anular as eleições de 2022.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) remarcou para os dias 20 e 21 de maio o início do julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que envolve o núcleo 3 da acusação da trama golpista durante governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O núcleo 3 será julgado pela Corte no final de maio, em duas sessões: 20 de maio, às 9h30 e às 14h, e 21 de maio, às 9h30. De acordo a PGR, os denunciados deste núcleo são acusados de planejar “ações táticas” para efetivar o plano golpista. O grupo é formado por 11 militares do Exército e um policial federal.





Ex-presidente Jair Bolsonaro
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
General Augusto Heleno e Alexandre Ramagem também são investigados no inquérito que apura irregularidades na Abin
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Manifestante pede anistia para envolvidos nos atos de 8 de Janeiro
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Ato de 8/1 em Brasília
Hugo Barreto/Metrópoles
Ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023
Igo Estrela/Metrópoles
Manifestantes invadiram Congresso em 8/1/2023
Igo Estrela/Metrópoles
Fazem parte do núcleo 3 os seguintes investigados:
Bernardo Romão Correa Netto (coronel);
Cleverson Ney Magalhães (tenente-coronel);
Estevam Theophilo (general);
Fabrício Moreira de Bastos (coronel);
Hélio Ferreira (tenente-coronel);
Márcio Nunes De Resende Júnior (coronel);
Nilton Diniz Rodrigues (general);
Rafael Martins De Oliveira (tenente-coronel);
Rodrigo Bezerra De Azevedo (tenente-coronel);
Ronald Ferreira De Araújo Júnior (tenente-coronel);
Sérgio Ricardo Cavaliere De Medeiros (tenente-coronel);
Wladimir Matos Soares (policial federal).
A data do julgamento do núcleo 5 ainda não foi marcada, pois o empresário Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, neto do ex-presidente João Figueiredo e único acusado do núcleo, reside fora do Brasil e não foi localizado para ser notificado.
A Primeira Turma do STF já tornou 21 pessoas réus por supostamente estarem envolvidas na trama golpista para anular o resultado das eleições presidenciais de 2022, vencida por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Veja quem já se tornou réu.
Núcleo 1
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e
Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
Núcleo 2
Silvinei Vasques – ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na gestão de Jair Bolsonaro;
Fernando de Sousa Oliveira – ex-secretário-adjunto da Secretaria de Segurança Pública do DF;
Filipe Garcia Martins Pereira – ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência;
Marcelo Costa Câmara – coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro;
Marília Ferreira de Alencar – delegada da Polícia Federal e ex-subsecretária de Segurança Pública da Distrito Federal; e
Mário Fernandes – general da reserva do Exército e “kid preto”.
Núcleo 4
Ailton Gonçalves Moraes Barros – major da reserva do Exército;
Ângelo Martins Denicoli – major da reserva do Exército;
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha – engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal;
Giancarlo Gomes Rodrigues – subtenente do Exército;
Guilherme Marques de Almeida – tenente-coronel do Exército;
Reginaldo Vieira de Abreu – coronel do Exército e
Marcelo Araújo Bormevet – agente da Polícia Federal.
Eles foram denunciados pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.