Após o afastamento de Augusto Melo do comando do Corinthians, o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Romeu Tuma Jr., se pronunciou. É ele quem conduz o processo de impeachment contra o dirigente.
Aos jornalistas, Tuma falou sobre o processo de destituição de Augusto Melo. Segundo Tuma Jr., a situação foi feita a fim de preservar a imagem do Corinthians. Ele ainda destaca que a assembleia-geral dos sócios é quem vai definir o impeachment de Melo.
“Não é um momento feliz para o Corinthians, mas é o que está no Estatuto. O andamento do processo foi como tem que ser. A reunião não foi uma reunião feliz, mas é o que tem que ser. A defesa teve oportunidade de se manifestar, a Comissão de Ética, e o Conselho deliberou nos termos do artigo 107. O presidente foi destituído e é uma prevenção cautelar. Temos que aguardar a assembleia-geral de sócios”, disse Tuma.
O dirigente ainda declarou que, embora não quisesse destituir um presidente eleito, a situação foi necessária, para, segundo ele, tirar o clube das páginas policiais.
“O 1º vice-presidente já assinou o termo de posse até por questões legais, para ter acesso aos bancos e para o clube não vai parar. Agora, vida que segue. Vamos tirar o clube das páginas que não nos interessam e recolocar nas páginas esportivas. O resultado foi de 234, eu me abstive de votar. Foram 176 votos favoráveis à destituição, 57 desfavoráveis e uma abstenção”, afirmou.
“Liberdade para tomar decisões”
Figura importante de oposição à gestão Augusto Melo no Corinthians, Tuma Jr. reafirmou que quem assume é Osmar Stábile, 1º vice-presidente eleito na chapa do agora presidente afastado. O novo mandatário ainda terá a liberdade para tomar as decisões durante o período em que estiver no comando do clube.
“O presidente que assumiu dará seu planejamento. Temos que lembrar que o sócio elegeu uma chapa, a chapa continua no poder. O vice-presidente assumiu. O que foi destituído foi o presidente eleito na chapa. Temos cinco dias para convocar a assembleia dos associados, e vida que segue. O presidente, enquanto estiver no cargo, tem liberdade para tomar decisões. Os diretores não seguem mais. O novo presidente tem que convocar a nova direção”, afirmou.
