• Home
  • BRASIL
  • Vídeo: Cebraspe nega recurso e exclui 2º lugar das cotas no STJ

Vídeo: Cebraspe nega recurso e exclui 2º lugar das cotas no STJ

Após recorrer contra eliminação do sistema de cotas raciais, Bruno de Oliveira Félix, 29 anos, teve o pedido negado pela Comissão de Heteroidentificação do Cebraspe e foi oficialmente excluído do concurso do Superior Tribunal de Justiça (STJ) como cotista.

Pardo, segundo a autodeclaração e as aprovações anteriores no sistema de cotas, ele criticou a subjetividade das bancas e defendeu critérios mais bem definidos para evitar exclusões injustas.

Nas redes sociais, Bruno criticou a decisão. Confira:

A resposta final do Cebraspe veio nesta quinta-feira (3/4), mesmo após Bruno apresentar um laudo técnico feito por uma especialista que descreveu seus traços físicos. “Sou inegavelmente pardo. Já fui aprovado em outros concursos nessa condição. Meu cabelo é crespo, minha pele é escura e meu nariz não é fino”, ressaltou.

Ele faz referência à primeira análise de heteroidentificação da banca, que deu parecer de que Bruno é “não cotista”. “Entendemos que o candidato não possui caracteres que o credenciam a concorrer às vagas reservadas às pessoas negras”, disse a banca no resultado.

O candidato soube da eliminação como cotista pelo Diário Oficial da União, no mesmo dia em que o concurso foi homologado. “Nunca havia tido minha identidade racial negada antes. Qualquer pessoa que eu pergunte me considerará pardo”, desabafou.

Além do impacto na carreira, Bruno relata o desgaste emocional e financeiro causado pelo processo. Porém, de acordo com ele, judicializar o caso não vale mais a pena.

“Gastei muito dinheiro com recursos, e o tempo de espera agora será longo para entrar no órgão. Não vale a pena ingressar por decisão judicial como negro, porque eu sairia da lista da ampla concorrência”, explicou Bruno.

Para ele, a exclusão reforçou uma crítica recorrente sobre o sistema de heteroidentificação: a falta de critérios objetivos para definir quem pode concorrer pelas cotas. “As bancas fazem o que querem, e não há sequer punição cível ou administrativa para isso. Quantos pardos estão sendo eliminados das cotas que a lei lhes garante?”

Bruno, que ainda lembra do bullying que sofria na escola por causa do nariz, da testa e da sobrancelha, e que até hoje não deixa o cabelo crescer, porque “as pessoas olham estranhamente”, alega que a política de cotas funciona, mas precisa ser aprimorada para garantir inclusão dos pardos.

“Se você foi eliminado injustamente, não desista dos seus sonhos”, finaliza.

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Moraes nega pedido de Filipe Martins para circular em Brasília

Nesta segunda-feira, 21, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o…

Ministra do STJ lembra promessas que fez ao papa por vida da filha

Com uma história de vida baseada na fé, a ministra Daniela Teixeira, do Superior Tribunal…

Recém-nascido sofre ataque de cachorros após ser abandonado em MG

Um recém-nascido foi abandonado em um lote vago no município de Angelândia, Minas Gerais, na…